Policial
Policiamento Ambiental captura mais de 1,3 mil aves silvestres
19/12/2014
O Batalhão de Policiamento Ambiental da Paraíba realizou, até novembro deste ano, 1.360 capturas de animais silvestres. Grande parte deles estava em situação de maus-tratos quando foi resgatada. O balanço, ainda não conclusivo, mostra que as aves continuam no topo das agressões praticadas contra o meio ambiente. Das 1.360 resgates, 879 foram de aves, o que corresponde a 64,6%. Em seguida, aparecem os mamíferos, com 242 recapturas, o equivalente a 17,7%, e os répteis, com 239, o que corresponde a 17,5%. O mês que concentrou o maior número de registro de apreensões de aves silvestres foi janeiro, com 442.
De acordo com o chefe do setor de Planejamento Estratégico do Batalhão de Policiamento Ambiental, tenente Wellington Aragão, os números são expressivos. “São números que gostaríamos que não existissem. Por outro lado, refletem o nosso compromisso de combater qualquer tipo de agressão ao nosso meio natural, ao nosso meio ambiente. Para isso, assim como fizemos em 2014, vamos aumentar ainda mais as operações e as fiscalizações”, destacou.
Wellington Aragão enfatiza que a PM Ambiental não tem como função apenas reprimir os crimes ambientais. “Temos, antes de tudo, a missão de conscientizar a sociedade sobre a importância de se preservar as riquezas naturais que nós temos. Então, é necessário que, à medida que coibimos os crimes ambientais, tenhamos também um processo de conscientização do quanto é importante proteger a nossa fauna e flora”, disse.
Crimes mais comuns – A caça e o comércio ilegais, além do desmatamento, estão entre os crimes mais comuns cometidos contra o meio ambiente. “O nosso estado tem grandes áreas em que ocorrem todos esses tipos de crime. Mas podemos dizer que a caça ilegal ocorre muito no interior do estado – até por uma questão cultural – enquanto o comércio ilegal de aves silvestres, notadamente, se concentra nas feiras livres da Região Metropolitana de João Pessoa”, explicou Wellington Aragão.
De acordo com o tenente, a Paraíba tem, ao todo, 38 unidades de conservação. Dentro dessas áreas, estão incluídos os parques estaduais e as áreas de pesquisa. “É um rico patrimônio que precisamos e devemos preservar. A filosofia adotada por nós é de que é melhor conscientizar, educar, do que punir. E é por esse objetivo que trabalhamos todos os dias do ano”, acrescentou.
Outras ações – O balanço mostra ainda que as autuações por poluição sonora tiveram o maior registro. Até novembro, foram 42 autuações, contra 41 por falta de licença ambiental para a execução de obras, por exemplo. Em seguida, aparecem os crimes praticados contra a fauna, com 31 ocorrências, e extração de minério, com 13 ocorrências. Ocorrências de desmatamento totalizaram 12.
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