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Polícia e MP cumprem mandados em inquérito que investiga propinas no Rio de Janeiro

Um inquérito foi aberto no início de dezembro pelo MPRJ, com base na delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Mizrahy foi preso na operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio.


10/03/2020

Policiais chegam à casa de Rafael Alves, irmão do presidente da Riotur, Marcelo Alves — Foto: Reprodução

G1

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público (MPRJ) iniciaram nesta terça-feira (10) uma operação dentro do inquérito que investiga a denúncia de um “QG da propina” na Prefeitura do Rio de Janeiro.

Às 6h, equipes estavam na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e em endereços de Marcelo Alves, presidente da Riotur, e do irmão dele, Rafael. São ao todo 17 mandados de busca e apreensão.

Doleiro delatou esquema
Um inquérito foi aberto no início de dezembro pelo MPRJ, com base na delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Mizrahy foi preso na operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio.

No depoimento, Mizrahy chama um escritório da prefeitura de “QG da propina”. O doleiro não soube dizer se o prefeito Marcelo Crivella sabia da existência da estrutura.

Segundo a delação, o operador do esquema é Rafael Alves. Rafael não possui cargo na prefeitura, mas, segundo reportagem do jornal O Globo, tornou-se um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos de empresas e pessoas físicas na campanha de 2016.

Depois da eleição, o empresário emplacou o irmão na Riotur e, segundo o doleiro, montou um “QG da propina”.

Mizrahy afirma que empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município procuravam Rafael, com quem deixavam cheques. Em troca, ele intermediaria o fechamento de contratos ou o pagamento de valores que o poder municipal devia a elas.

Na ocasião, nem a prefeitura, nem os irmãos Alves se pronunciaram.



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