A Polícia Civil da Paraíba deflagrou nesta segunda-feira (14) a Operação Fachada, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro com atuação em Campina Grande. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio da Unidade de Inteligência Policial (Unintelpol).

As investigações começaram no fim de 2024 e apontaram o uso de empresas de fachada — entre elas, um salão de beleza e uma loja de material de construção em Campina Grande — para ocultar e movimentar recursos ilícitos. Um dos marcos da apuração ocorreu em janeiro deste ano, com a prisão de um integrante do grupo e a apreensão de cerca de 300 kg de maconha.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Dois dos alvos já se encontravam presos no Presídio do Serrotão, onde continuavam a comandar o esquema criminoso, segundo as investigações. Também foram presas pessoas próximas aos detentos, além de uma funcionária contratada da Prefeitura de Campina Grande.

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Em nota, a Prefeitura informou que recebeu “em caráter extraoficial até o momento, a notícia sobre o suposto envolvimento dela com a quadrilha que foi desarticulada pela Polícia Civil”. Acrescentou ainda que “está fazendo um acompanhamento sobre esse fato e adotará todas as providências cabíveis, a partir da identificação da suposta servidora, com a instauração de um processo administrativo disciplinar e imediato afastamento da funcionária dos quadros do Município”.

A Polícia Civil apreendeu oito veículos de luxo — entre carros e motocicletas — durante a operação. Também foram bloqueadas dezenas de contas bancárias e ativos financeiros em nome dos investigados e de “laranjas” usados para movimentar o dinheiro do tráfico e realizar transações com outros grupos criminosos.

A Operação Fachada faz parte da estratégia da corporação de sufocar financeiramente as estruturas do crime organizado no estado. A Polícia pretende identificar todos os envolvidos, inclusive agentes públicos, e atingir não apenas a atividade de tráfico, mas também o esquema de lavagem de dinheiro que a sustenta.