A Polícia Civil da Paraíba informou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (29), que o inquérito sobre os danos provocados em pacientes submetidos ao mutirão oftalmológico em Campina Grande segue em curso. O caso, que apura denúncias de uso de medicamentos vencidos e efeitos graves à saúde dos pacientes, tramita sob segredo de justiça.

De acordo com a Delegacia-Geral, a corporação já cumpre diligências solicitadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), responsável por instaurar um procedimento investigativo para apurar os fatos. A próxima etapa da apuração prevê o início das oitivas de vítimas e testemunhas, marcadas para ocorrer a partir da próxima segunda-feira (3). A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre as linhas de investigação, nem os nomes dos envolvidos, em razão do sigilo processual.

Infecções e perda de visão

O mutirão oftalmológico em Campina Grande ocorreu no dia 15 de maio, no Hospital de Clínicas, e foi conduzido pela Fundação Rubens Dutra Segundo, entidade contratada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB). Pacientes relataram reações graves após o procedimento, incluindo casos de infecção e perda de visão.

O caso ganhou grande repercussão e já motivou a suspensão do contrato com a fundação, além da abertura de processos administrativos e criminais por parte do Governo da Paraíba. A SES-PB confirmou que seis frascos de medicamentos usados estavam vencidos e admitiu falhas no controle da entrada desses insumos no ambiente hospitalar.

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O Ministério Público solicitou à SES informações detalhadas sobre os atendimentos realizados no mutirão oftalmológico em Campina Grande, os profissionais envolvidos, os tipos de medicamentos aplicados e o contrato firmado com a empresa executora. As respostas devem ser encaminhadas nos próximos dias.