Política

Polari confirma embargo e manda RC governar; “governador chama ato de mesquinhar

Almeidão


19/09/2013



O secretário municipal de Planejamento de João Pessoa, Rômulo Polari, confirmou nesta quinta-feira (19), em contato com a reportagem do Portal WSCOM, que agentes da diretoria de controle urbano da Seplan, realmente fiscalizaram a obra no entorno do estádio Almeidão e deu um prazo de cinco dias para que empresa responsável regularize a documentação necessária para o andamento dos trabalhos. Polari também rebateu criticas do governador Ricardo Coutinho (PSB), que chamou o governo municipal de incompetente e acusou a prefeitura de realizar obras de forma irregular.

“Isso é normal, tem embargo, por que quando os fiscais saem às ruas para fiscalizar não querem saber de quem é a obra, querem saber apenas se estão dentro da legalidade, cumprindo os procedimentos e tramites legais. Mas, isto também não é nada demais, para o Estado continuar as obras basta regularizar a documentação”, declarou.

No início da semana, a prefeitura de João Pessoa já havia embargado as obras da avenida Perimetral Sul, que o Governo do Estado pretende construir para ligar a BR-101 a PB-008 e desafogar o trânsito de recife (PE) para João Pessoa.

Mais cedo, durante entrevista ao programa Rádio Verdade, da Arapuan FM, o governador Ricardo Coutinho (PSB) classificou os atos da prefeitura como mesquinharia. “Na qualidade de governador não posso ter outra posição, que não seja rechaçar profundamente este tipo de política mesquinha. João Pessoa não merece isto, não merece um governo a altura do que foi construído ao longo dos anos. Avançamos muito e não da para neste momento retroagir com este tipo de postura”, disse.

Ricardo disse também que o único objetivo da prefeitura com a postura é criar um clima de guerra com a administração estadual, para encobrir a ineficiência e incompetência da prefeitura. “João Pessoa avançou muito rápido, e agora este nível vem caindo em vários setores, basta andar pela cidade que se ver. João Pessoa não merece isto, é um comportamento inadequado de um gestor. Não é justo para com o povo, cada um responda pela suas ineficiências e incompetências”, afirmou.

O governador disse ainda que todas as executadas pela obras da PMJP são irregulares, sem a documentação exigida. “Me apresente uma obra da prefeitura que tem registro, todas estão irregulares”, acusou.

Ricardo também revelou que não irá doar nenhum terreno do Estado a prefeitura para construção de terminais de integração de VLT’s, como foi solicitado pelo prefeito Luciano Cartaxo. “Como isso é possível, alguém faz ataques desta forma, completamente sem fundamento. O pior é que talvez não saiba nem o que está dizendo, pedindo. Não conheço nenhum acordo assinado sobre estes terminais, conheço só pedido. Ninguém ache que vai fazer política com este tipo de pressão, de barganha. Isto é política bisonha”, afirmou.

Com relação à acusação de Ricardo de que as obras da prefeitura estão irregulares, Polari disse que não é competência do governador fiscalizar obras. “Diga a ele [Ricardo] que este não é o papel do governo. O papel do executivo é executar o governo. Fiscalização cabe ao Ministério Público, Controladoria Geral da União (CGU) e ao próprio Tribunal de Justiça”, ironizou.

Sobre a declaração do governador de que a gestão municipal é ineficiente e incompetente, o secretário disse que não merece resposta, pois são só palavras jogadas ao vento. “São meras palavras, nada mais que palavras, não nada de mérito para se responder. Agora, se ele apontasse algum problema, como por exemplo nas áreas de saúde, educação, poderíamos responder”, disse.

Polari falou também sobre o veto de Ricardo a parcerias do Estado com a prefeitura para a construção dos terminais de integração na Capital. Segundo o secretário, estes terminais são de extrema importância para a população de João Pessoa, por isso espera que as querelas políticas sejam superadas em prol da coletividade.

“O projeto é de quase R$ 200 milhões e para a prefeitura executar precisa da parceria do Estado. Sempre reconhecemos que os terrenos são do Estado. Vamos encaminhar o projeto de forma respeitos, republicana e institucional e cabe a ele [Ricardo] dizer se aprova ou não. Caso não aprove que justifique os motivos, pois temos que deixar de lado as questões políticas e a razão e o bom censo deve prevalecer em benefício da população”, disse.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.