Política

PMN desiste de fusão com PPS e já marca convenção; reforma política foi estopim

Acabou


09/07/2013



Acabou antes de começar. Foi assim que chegou ao fim a fusão entre o PMN e o PPS, anunciada há cerca de dois meses, que criaria uma nova legenda no Brasil, o MD, mas que não chegou a ser concretizada e o PMN decidiu desistir do acordo. Entre outros desentendimentos, opiniões divergentes sobre a Reforma Política foi o estopim para o fim do casamento, antes da benção do Tribunal Superior Eleitoral.

A presidente do PMN na Paraíba, jornalista Lídia Moura, que seria a presidente do MD no Estado, confirmou a informação ao Portal WSCOM e disse que ainda uma Nota Oficial do PMN confirmará a decisão que foi comunicada ao PPS. Um edital também já foi publicado convocando os membros do PMN para a convenção do partido que acontecerá no próximo dia 28 de julho em São Paulo.

De acordo com Lídia, as brigas consideradas por ela, menores que se travaram pelos comandos dos diretórios até seriam contornados, mas houve outras divergências mais latentes que acabaram por inviabilizar a fusão. “Estamos na política há muito tempo e estamos acostumados a contornar certas situações (disputas pelo comando do diretório), mas existem diferenças mais latentes, como por exemplo, o conceito que tínhamos de fortalecer as bases com adesões de lideranças, vereadores e o PPS pensava em fortalecer a cúpula”, declarou.

Porém, o ponto mais nefrálgico da relação surgiu a partir da discussão da Reforma Política, já que as opiniões são extremamente divergentes e o PPS, segundo Lídia, apresentou uma proposta de Reforma sem consultar o PMN com pontos que não representam a vontade do Partido da Mobilização Nacional.

O PMN é contra ao fim das coligações proporcionais, que de acordo com Lídia, enfraqueceriam os partidos pequenos, e contra ao financiamento público de campanha. “O financiamento público da forma como está sendo apresentada, numa conta rápida que fizemos, vai destinar R$ 400 mil para o um partido pequeno como o PMN, enquanto partidos como PT e PMDB ficariam com R$ 27 milhões, ou seja, trabalharíamos para fortalecer bancadas de partidos grandes, mais ou menos como é hoje, só que com dinheiro público”.

Por fim, Lídia revelou que a demora de forma injustificada para a formalização da fusão indicava que algo estava errado e que o PMN estava entrando num casamento assumindo apenas o ônus, já que apesar de ser um partido pequeno dispões de certo patrimônio e não tem dividas, “ao contrário do PPS”, finalizou.

antes.
 



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