{arquivo}A superlotação, desentendimento entre internos e a presença de um adolescente envolvimento no assassinato de um empresário na cidade de Cajazeiras podem ter sido os motivos que levaram internos do CEA na cidade de Sousa a provocarem um princípio de rebelião.

o tumulto ocorreu no início da noite dessa segunda-feira, 9, quando os 48 internos iniciaram o “bate grade” chamando à atenção dos monitores e do policiamento que ali se encontravam.

Segundo as primeiras informações, os internos nada exigiam, apenas houve gritaria e fortes pancadas nas celas. Os monitores pediram para que os adolescentes se acalmassem, mas, não foram atendidos.

Guarnições da Polícia Militar sobre o comando do Capitão Esaú foram enviadas até o local. Nadja Estrela, diretora do CEA de Sousa foi comunicada do ocorrido e imediatamente compareceu para auxiliar nas negociações.

Como não havia entendimentos para que os ânimos se acalmasse, o juiz da infância e adolescência da comarca de Sousa autorizou a entrada da PM na unidade.

Para auxiliar na contenção, a guarnição do BOPE foi chamada e ocorreu à intervenção, enquanto que os adolescentes foram retirados de seus alojamentos. Os monitores realizaram vistoria nos alojamentos dos adolescentes, mas nada foi encontrado. 25 homens da PM foram usados na operação.

As autoridades acreditam que o tumulto foi iniciado por causa da superlotação ou briga interna entre os menores.

Na semana passada houve uma tentativa de homicídio no local, quando um adolescente sofreu atentado. Ele é acusado do assassinato do empresário cajazeirense, Francisco Augusto de Oliveira, de 55 anos, conhecido por “Chico do Posto”, fato registrado no dia 16 de outubro de 2013.

O CEA de Sousa tem capacidade para abrigar 20 internos, mas, atualmente conta com 48 adolescente. A maioria dos internos é da região de Patos, cujos crimes vão de roubo, assalto e até homicídios.