Economia & Negócios

Petroleira de Eike sofre novo tombo e Bovespa tem 4ª queda seguida

Mercado


03/07/2013

 O principal índice acionário da Bovespa fechou em queda pelo 4º pregão consecutivo nesta quarta-feira (3), mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX, em dia marcado também por preocupações com o cenário doméstico e tensões políticas no exterior.

Após um pregão volátil, o Ibovespa reduziu as perdas nos ajustes de fechamento, encerrando em baixa de 0,41%, a 45.044 pontos, numa sessão volátil, após ter derretido 4,24% na véspera. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,99 bi.

O movimento nos ajustes refletiu o comportamento das ações da Vale , que diminuíram as perdas para 0,38%, após a mineradora anunciar que conseguiu licença de instalação do projeto Serra Sul, o maior empreendimento de sua história.

Com o resultado desta quarta-feira, o Ibovespa acumula queda de 5,4% nas últimas quatro sessões.

"O sentimento de aversão a risco continua forte no mercado", disse à Reuters o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba.

Após chegar a ensaiar uma recuperação no início da tarde, o mercado brasileiro voltou a piorar após o fechamento antecipado de Wall Street, às 14h (horário de Brasília), em preparação para o feriado do Dia da Indepência nos Estados Unidos na quinta-feira.

A ausência de investidores estrangeiros contribuía para reduzir a liquidez do pregão na Bovespa nesta tarde, segundo operadores. As preocupações com a instabilidade política no Egito e as tensões em Portugal adicionavam um estresse adicional aos mercados.

A ação da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, mais uma vez era o destaque de queda do índice, afundando mais de 13%. O papel chegou a cair 20% no dia e mo fechamento do pregão registrava recuou de 15%, segundo os dados preliminares.

"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse à Reuters o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.

Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo paíssão fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.

Nesta sessão, chamava atenção o comportamento atípico das ações da varejista B2W, que disparavam mais de 28%, mais uma vez na contramão do mercado, com operadores citando movimentos de cobertura de posição vendida.



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