Economia & Negócios

Petrobras cai 14,7% na semana, com ação a R$ 4,40; Bovespa fecha em alta


22/01/2016

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta sexta-feira (22), em meio à recuperação do preço do petróleo e de ações globais diante da expectativa de mais estímulos na Europa. A Petrobras fechou em queda, voltando a atingir o menor valor desde 2003.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, subiu 0,83%, aos 38.031 pontos. Veja a cotação. Na semana, a bolsa caiu 1,39%. No ano, há desvalorização de 12,27%.
As ações da Petrobras subiram durante quase todo o pregão, mas passaram a cair no final dos negócios.

Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) chegaram a subir mais de 6% nesta sexta, mas perderam força ao longo do dia, apesar da alta do petróleo. As ações caíram 2%, a R$ 4,41. Este é novamente o menor valor desde 2003. Segundo a Economatica, no dia 26 de agosto daquele ano, o papel fechou cotado a R$ 4,39.

Na semana, a ação preferencial da Petrobras caiu 14,7% e no mês, há baixa acumulada de 34,18% – o pior retorno mensal desde agosto de 1998, segundo a Economatica.

Já as ações ordinárias (que dão direito a voto) caíram 1,27%, a R$ 6,21, terminando a semana com desvalorização de 7,45%. No ano, os papéis acumulam queda de 27,54%, segundo a Economatica.

A Petrobras informou na quinta-feira que a plataforma P-31, localizada no campo de Albacora, na Bacia de Campos, ainda não retornou à produção, paralisada desde terça-feira, após o vazamento de água oleosa na casa de bombas, destacou a Reuters.

Vale também caiu

A Vale também perdeu força no final dos negócios após passar boa parte do dia em alta, apesar do avanço de 2% no preço do minério de ferro no mercado à vista na China, ainda de acordo com a Reuters.

A mineradora teve paralisadas as vendas externas a partir do porto de Tubarão, no Espírito Santo, responsável pelo embarque de mais de 30% da produção da companhia, cumprindo decisão judicial motivada por questões ambientais. Além disso, a Moody's colocou o rating da mineradora em revisão para rebaixamento.

Cenário externo

Continuavam repercutindo neste pregão comentários do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, corroborando apostas de mais estímulos, ao passo que o petróleo subia mais de 5%, segundo a Reuters.

"A semana foi marcada por muita volatilidade atrelada a preocupações globais, seja desaceleração econômica por conta da China ou a onda de vendas no mercado norte-americano. Agora termina com uma cara de alívio, mas não significa que as preocupações acabaram", disse à agência o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

No Brasil

No noticiário doméstico, a prévia da inflação oficial iniciou o ano com desaceleração, mas registrou o pior resultado para o mês de janeiro e o acumulado mais alto em 12 meses desde 2003, num momento em que o Banco Central decidiu deixar a taxa básica de juros inalterada.



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