A nova pesquisa sobre a corrida presidencial divulgada nesta quarta-feira, 16, pelo instituto DataPoder360, trouxe uma péssima notícia para a ex-senadora Marina Silva e o seu partido, Rede Sustentabilidade.

O levantamento aponta Marina com apenas 3% de intenções de voto. No cenário em que o candidato tucano é o prefeito de São Paulo, João Doria, Marina despencou de 12% de intenções em julho para os mesmos 3%. Em todos os cenários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, passando de 26% para 32%. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) também cresceu, passando de 21% a 25%, e se consolidou na segunda posição, no cenário em que Geraldo Alckmin, com 4%, é o candidato do PSDB.

A rejeição do brasileiro a Marina Silva pode estar relacionada a "dois erros cruciais" cometidos pela ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula: o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), fisgado num esquema de propinas, e ao golpe que levou ao poder Michel Temer, denunciado por corrupção.

Um dos fundadores e ex-membro da Rede Sustentabilidade, o cientista político e antropólogo Luiz Eduardo Soares disse que Marina perdeu a chance de disputar à Presidência em 2018 na posição de favorita devido ao seu apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. "Quando ela assumiu essa posição, extremamente irresponsável do ponto de vista da democracia, acho que ela queimou as caravelas relativamente ao campo das esquerdas. Não só do PT, das esquerdas", avalia (leia mais).

No Brasil de hoje, Marina não seduz a esquerda, o centro ou a direita, que tem nomes mais identificados com o ódio e com o golpismo.

A pesquisa do DataPoder360 foi realizada por telefone (com ligações para aparelhos fixos e celulares) de 12 a 14 de agosto. Foram feitas 2.088 entrevistas em 197 cidades. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.