EXCLUSIVO – O advogado e professor universitário Paulo Maia revelou em contato com a reportagem do Portal WSCOM que, de fato, consolidou com o advogado Carlos Fábio a fusão de chapas mantendo-o como candidato a presidente em função de conceitos comuns entre eles. Agora, na nova conjuntura, ele considera a Oposição com chances de vencer a disputa apresentando um conjunto de ideais e compromissos que eliminam o uso da OAB/PB para fins de interesses pessoais e partidários. “Precisamos repor a Ordem no patamar acima das políticas de interesses privados valorizando o advogado na sua essência”, conceituou.

Paulo Maia explicou que há tempo ele e Carlos Fábio vinham avaliando a conjuntura interna da disputa onde, segundo ele, sempre existiram convergência de valores e intenções voltadas para consolidar a OAB/PB como uma instituição independente, distante de acordos políticos e interesses partidários.

– Na verdade, não houve adesão,renuncia, etecétara porque consolidamos apenas uma fusão das chapas com interesses convergentes recaindo sobre a nossa pessoa a missão de nos apresentarmos como candidato a presidente, embora o mais importante seja a junção de forças de tantos profissionais numa busca comum de resgatar a nossa Ordem – frisou.

PARTIDARISMO E PROVEITO PESSOAL – Paulo Maia foi crítico incisivo na abordagem sobre o mandato do atual presidente Odon Bezerra. “Toda a categoria acompanha com perplexão o que o presidente da OAB/PB adotou no seu segundo mandato em diante transformando nossa Ordem em instrumento de uso partidário com efeitos pessoais, não se desincompatibilizando do cargo por todo o mandato, pois se serviu de uma licença para com a falta de êxito na sua candidatura a deputado federal pelo PT, que poderia ser outro partido, voltar a misturar essa condição com a representativa da Ordem, o que é inaceitável”.

Para ele, a OAB/PB precisa se refletir melhor sobre seu futuro e se afastar do aproveitamento da função para usufruto e interesse pessoal. “Conosco nada será mais importante do que o zelo pela representatividade exclusiva dos advogados, acima dos interesses pessoais, porque vivemos uma nova fase na vida social a exigir mais ética e retorno da Ordem como vanguarda das grandes causas da sociedade”.

SOBRE ADVERSÁRIO – O candidato da Oposição explicou que mantém o grau de respeito ao seu adversário, Carlos Frederico, entretanto, o considera a continuidade do atraso institucional por conta dos vínculos e compromissos com o atual presidente.

– O candidato da Situação representa a manutenção deste modelo atrasado de distanciamento dos valores na defesa exclusiva da categoria e, mesmo não sendo filiado a partido, mantém próximo dele e do presidente os conchavos políticos com personagens e entidades não necessariamente favoráveis aos interesses da categoria, por isso ele representa, repito, o atraso conceitual e de postura tão reclamados pela categoria – finalizou.