Futebol

Pato se nega a dar carrinho para agradar são-paulinos: ‘A minha é fazer gols’

gols


01/08/2014



 Cobrado publicamente pelo técnico e o capitão do São Paulo a dar mais de si, mesmo depois de ter ido bem na vitória de quarta-feira sobre o Bragantino, Alexandre Pato avisou que não vai fugir de suas características.

"Tenho minha vontade, dentro de mim, alguns gestos que não preciso demonstrar para todo mundo. Não preciso dar carrinho, que não é característica minha. Tenho de tentar pelo menos alguma coisa, marcar, me esforçar ao máximo. Minha característica é correr e fazer gols", disse, nesta quinta-feira.

Nem Muricy Ramalho nem Rogério Ceni pediram para Pato dar carrinho. Mas, sim, cobraram maior entrega em campo. Em alguns momentos, o jogador reconhece que precisa melhorar. Em outros, questiona as críticas que recebe principalmente da torcida ou de fora do clube.

"Não me incomoda, mas faz com que eu pense: ‘Por que estão pensando isso? Onde errei?’. Faz com que eu chegue em casa e pense no que eu errei. Escuto meus colegas e meu treinador. Eles tentam me ajudar bastante a aprender. Tento crescer com as críticas que recebo também fora de campo, mas as que mais considero são as dos companheiros e do treinador", comentou.

Na quarta-feira, o atacante construiu a jogada que abriu o placar, conquistando e cobrando escanteio que resultou no gol contra do lateral-esquerdo Bruno Recife. No segundo tempo, ainda converteu pênalti sofrido por Álvaro Pereira e ajudou a garantir o triunfo por 2 a 1.

Cabeça no Morumbi

Emprestado pelo Corinthians até dezembro de 2015, Pato reafirmou não ter interesse em sair do São Paulo antes do fim do contrato. O atacante recebeu propostas recentes de equipes do exterior, mas não saiu. Segundo ele, porque sonha em ser campeão pelo clube.

"São interesses não meus, talvez nem do São Paulo. Para voltar à Europa e chegar a um grande time, você tem de jogar. Então, em primeiro lugar, eu penso em jogar e ganhar muitos títulos aqui. Minha cabeça é no presente, só no São Paulo", disse, menos de 24 horas depois de, em Ribeirão Preto, ter confirmado que houve ofertas ao Corinthians.

"Houve algumas, sim", falou, após a vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, pela Copa do Brasil. "Mas isso não é do São Paulo, é do outro clube. Aconteceram algumas, não vou mentir. Mas volto a dizer: não quero ir, quero ficar no São Paulo, continuar meu contrato de empréstimo. Estou feliz aqui, porque tenho companheiros ótimos e um professor que tem me ajudado bastante."

O atacante não revelou quais clubes procuraram seu empresário, Gilmar Veloz. Nenhuma oferta, porém, cobriu os 15 milhões de euros (pagos pelo Corinthians para tirá-lo do Milan), valor que obrigaria o São Paulo a fazer proposta superior ou deixá-lo sair, com a recompensa de um percentual da venda.

"Quero ganhar muitos títulos no São Paulo. Cada vez que chego ao CT, agradeço por estar em um grande clube. Como o Rogério (Ceni, goleiro e capitão do time) me fala, não existe nenhum clube no Brasil como o São Paulo hoje. Vou trabalhar muito para ganhar títulos. Quem sabe, essa Copa do Brasil, para entrar na história do clube", salientou.



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