Política

Partidos de oposição e dissidentes criam comitê pró-impeachment

Dissidentes


23/02/2016

Partidos de oposição na Câmara, incluindo PSDB, DEM, PPS, SD, integrantes do PSB e a ala oposicionista do PMDB anunciaram nesta terça-feira (23) a criação de um comitê pró-impeachment para organizar ações pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.

O movimento já estava sendo articulado e foi impulsionado pela prisão do marqueteiro de campanhas do PT, João Santana, acusado de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.

A ideia é formalizar o grupo para que tenha um CNPJ e possa receber diretamente doações a serem usadas para financiar protestos, bottons, camisetas e bonecos infláveis do Pixuleco, uma caricatura inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário. Um manifesto do comitê deverá ser lido em plenário da Câmara na tarde desta terça.

“Queremos a participação da sociedade civil nesse comitê e dos movimentos de rua”, afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), após uma reunião com os demais representantes dos partidos.

No encontro, também ficou decidido que os partidos de oposição vão apoiar a manifestação nacional a favor do impeachment convocada para o dia 13 de março. “Diante da gravidade de tudo o que está acontecendo, com a prisão do marqueteiro do PT, e da cobrança da sociedade, vamos apoiar o protesto de março”, justificou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

Foi discutida ainda a tramitação do processo de impeachment no Congresso, que voltou à estaca zero por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou a votação que elegeu a comissão especial destinada a analisar o caso.

Os parlamentares decidiram ainda que vão pedir uma audiência com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, para cobrá-lo sobre a definição acerca do recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista paralisou o processo alegando que ficaram dúvidas sobre a decisão do tribunal e que, antes de refazer a eleição, é preciso que sejam esclarecidas.

“Vamos pedir uma reunião, mas ainda não temos data, dependemos da agenda do presidente do Supremo”, explicou o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).



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