Economia

Paraibanos devem gastar R$ 111,7 bilhões em 2025, aponta estudo sobre potencial de consumo

Levantamento do IPC Maps mostra crescimento de 9,3% no consumo das famílias paraibanas, mesmo com inflação e juros altos.


23/05/2025

(Foto: Divulgação)

Portal WSCOM

Mesmo com cenário de juros elevados e pressão inflacionária, os paraibanos devem gastar R$ 111,7 bilhões ao longo de 2025, segundo revela a nova edição do IPC Maps, estudo nacional que estima o potencial de consumo das famílias brasileiras. O valor representa um crescimento de R$ 9,5 bilhões em relação ao ano passado, o que equivale a um salto de 9,3% sobre os R$ 102,2 bilhões registrados em 2024.

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Responsável pela pesquisa, a IPC Marketing Editora, de São Paulo, monitora há três décadas os índices de consumo com base em dados oficiais do IBGE e outros órgãos públicos. A edição 2025 mostra que 1,37% de todo o consumo brasileiro será realizado por famílias da Paraíba — o que chama atenção de empreendedores e investidores em busca de novos mercados.

A maior fatia desse montante virá da zona urbana, que concentra 87,5% do consumo total no estado. Isso significa que R$ 97,7 bilhões devem ser movimentados em compras e serviços nas cidades paraibanas. Já as famílias que vivem na zona rural devem responder por R$ 13,9 bilhões em consumo, ou 13,5% do total.

Acréscimo supera consumo conjunto de grandes cidades

O crescimento de R$ 9,5 bilhões no consumo estadual em 2025 equivale, sozinho, à soma de tudo o que é consumido anualmente em três das maiores cidades paraibanas: Santa Rita, Patos e Cabedelo — todas entre os 10 principais centros de consumo do estado.

MAIORES CONSUMOS EM 2025 – Entre os maiores gastos estão nas áreas de habitação (R$ 21,1 bilhões); com alimentação no domicílio (R$ 11,9 bilhões); com veículos próprios (R$ 9,2 bilhões); com higiene e cuidados pessoais (R$ 4,3 bilhões); com alimentação fora do lar (R$ 4,081 bilhões); com alimentação fora do domicílio:  R$ 4,081 bilhões e em 6º lugar com materiais de construção (R$ 3,974 bilhões).
CENÁRIO DE OTIMISMO – Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, mesmo com a elevada taxa de juros e a alta da inflação, o cenário é de otimismo para o consumo, com níveis percentuais bem acima aos da economia.

 

 “A melhoria dos níveis de emprego com carteira assinada proporcionou uma garantia de renda ao trabalhador, refletindo diretamente na escalada dos valores de consumo,” comentou Pazzini.

 

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GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA – Para o secretário de Estado da Fazenda (SEFAZ-PB), Marialvo Laureano, o crescimento do consumo da Paraíba com acréscimo de R$ 9,5 bilhões em 2025, é fruto, sobretudo, da geração de novos empregos e da renda dos paraibanos no Estado.

 

“Os dados oficiais do Ministério do Trabalho e do Emprego, que contabilizam o Caged, mostram que a Paraíba no ano passado gerou um saldo de 27.614 postos com carteira assinada, o que representou um crescimento de 44,24% na comparação sobre 2023. O ano de 2024 também foi o 2º maior saldo de empregos formais dos últimos 12 anos do Estado, atrás apenas do ano de 2022 (35.217), que aconteceu devido à retomada da atividade econômica, no período pós pandemia.

 

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MENOR TAXA DE DESEMPREGO – Para se ter uma ideia, o estoque acumulado de empregos formais ativos da Paraíba, envolvendo os cinco setores da economia privada (serviços, comércio, indústria, construção e agropecuária), até dezembro do ano passado, era de 514.919 empregos com carteira assinada. O crescimento de empregos reflete em consumo nos diversos setores da economia, sobretudo no varejo e serviços, que demandam mais da indústria e da agropecuária. Outro fator importante é também o índice de desocupação da Paraíba que em dezembro de 2024 atingiu a menor taxa dos últimos 10 anos (8,3%).

 

INVESTIMENTOS COM RECURSOS PRÓPRIOS – Além do fator geração de emprego e renda, que tem sido potencializado pela parceria do Governo da Paraíba com o setor privado com atração de novas empresas e um programa arrojado de incentivos, o Estado tem fomentado a economia local com a ampliação dos investimentos com recursos próprios.

 

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“A gestão fiscal equilibrada nos últimos seis anos do Estado multiplicou os investimentos com recursos próprios em 330%. O governo João Azevêdo saiu de um investimento de R$ 585 milhões, em 2019, para R$ 2,5 bilhões por ano, em 2024. Isso quer dizer mais empregos criados, com a construção e reformas de hospitais e escolas, adutoras, estradas, portos, viadutos, arcos metropolitanos, aeroportos regionais e pontes”, detalhou Marialvo Laureano.

 

CRESCE MUNICÍPIOS DA PB COM CONSUMO ACIMA DE R$ 1 BI – A pesquisa IPC Maps 2025 mostra ainda que o número de cidades paraibanas com consumo acima de R$ 1 bilhão cresceu de 9, em 2024, para 11 municípios, em 2025. O mapa de consumo bilionário incluiu as cidades de Queimadas (R$ 1,1 bilhão) e Sapé (R$ 1,070 bilhão).

 

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RANKING DAS CIDADES – As outras nove cidades estão espalhadas pelas regiões e microrregiões do Estado. As duas maiores cidades do Estado lideram o consumo em 2025: João Pessoa (R$ 34,182 bilhões) e Campina Grande (R$ 14,113 bilhões). Na Grande João Pessoa, outras três cidades têm consumo acima de R$ 1 bilhão: Santa Rita, 3º maior consumo (R$ 3,589 bilhões), além de Cabedelo (R$ 2,588 bilhões), 5º lugar do ranking, e a cidade de Bayeux (R$ 2,266 bilhões), no 6º lugar.

 

PATOS SE DESTACA NO SERTÃO – Outras três cidades do Sertão se destacam no volume de consumo: Patos, com R$ 3,539 bilhões em consumo, teve forte expansão de 2024 para 2025, em 4º lugar, mas muito próximo de ganhar a terceira posição de Santa Rita, além de Cajazeiras (R$ 1,935 bilhão) e Sousa (R$ 1,905 bilhão), que estão na 7ª e 8ª colocações do ranking. Completando a lista dos 11 maiores consumo acima de R$ 1 bilhão estão as duas cidades do Brejo: Guarabira (R$ 1,490 bilhão), na 9ª posição, e a cidade de Sapé, em 11º lugar, com R$ 1,070 bilhão. (Veja o mapa completo no quadro abaixo)

 

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SOBRE O IPC MAPS – Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo do Brasil, das Regiões, dos Estados e dos Municípios, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps apresenta um detalhamento de setores específicos a partir de diferentes categorias.

 

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