{arquivo}O estudante paraibano Pedro Formiga, morador da cidade de João Pessoa, foi alvo de uma quadrilha que pratica clonagem de dados em todo o Brasil. No início deste ano, o jovem recebeu ligações de empresas de telefonia e TV por assinatura, onde eram cobradas contas em seu nome. Ao perceber a frequência das ligações, Pedro Formiga associou à clonagem de dados.

O estudante foi à polícia para realizar o boletim de ocorrência e os seus créditos foram cancelados. Porém, durante este segundo semestre, Pedro voltou a receber ligações de pessoas requerindo a devolução de dinheiro gasto com compras na internet. Ao investigar a situação, o jovem descobriu que estava sofrendo ataque de uma quadrilha estelionatária que utilizou seus dados para constituir uma empresa do tipo MEI (Microempreendedor Individual) e, com essa empresa, criar um site de vendas. 

Atualmente fora do ar, o site smartcentershopping.com.br é uma plataforma fraudulenta de vendas de eletrodomésticos, celulares e computadores. As vendas efetuadas, pelo país inteiro, jamais foram entregues, ocasionando em processos das vítimas no jovem estudante, cujo nome contava como proprietário no site. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal.

{arquivo}Em informações reveladas ao Portal WSCOM, a advogada responsável pelo caso, Katia Farias, afirma que esse tipo de fraude é mais corriqueiro do que se imagina e que o jovem teve “a vida transformada num inferno”. “Ele teve que entrar com um processo na Justiça Federal para regularizar o CPF e cancelar o CNPJ da empresa, é uma mão de obra enorme”, afirma a advogada.

Em uma rápida pesquisa com o nome do site criado pela quadrilha, pode-se encontrar mais de 250 reclamações de compradores questionando o atraso da entrega e o fato do site estar fora do ar. Além de existirem ações em fóruns de São Paulo e Minas Gerais.

Katia Farias aconselha que é preciso ter bastante cautela ao descartar contas de água, luz e qualquer comprovante de residência. “Existem quadrilhas que são especializadas em roubar dados. Precisamos ter muito cuidado, uma carta que recebemos precisamos rasgar. As quadrilhas podem encontrar no lixo e utilizar nosso nome, CPF, é muito comum essa fraude acontecer”, alerta.