Brasil

Paraibano que lidera pesquisa sobre corais profundos recebe prêmio internacional

Luiz Rocha chefia expedição no Oceano Índico que visa reforçar a preservação de ecossistemas ainda desconhecidos, e teve trabalho reconhecido pela Rolex


27/07/2024

O cientista marinho Luiz Rocha (Foto: divulgação)

Revista NORDESTE



Se combinadas todas suas expedições, o cientista marinho Luiz Rocha passou quase um ano de sua jornada neste planeta debaixo da água. Mais recentemente, essa vida submarina esta sendo dedicada à pesquisa e proteção de recifes de corais profundos no Oceano Índico, berço de um ecossistema ainda desconhecido. A iniciativa lhe rendeu essa semana o prêmio Rolex Awards, que há 45 anos apoia projetos inovadores nos ramos ambiental e social.

Luiz tem o mar na cabeça desde garoto. “Decidi ser biólogo quando tinha cinco ou seis anos de idade e sempre senti essa atração de ir para o oceano e admirar a vida marinha”, diz em comunicado. À equipe da Academia de Ciências da Califórnia, onde é professor e também considerado Herói da Ciência, o especialista lembra de ser fascinado por aquários. Até o ensino médio, ele calcula ter colecionado o equivalente a 2 mil galões de tanques para peixes, animais que admirava obcecado por horas quando visitava lojas de animais com a mãe na infância. Luiz chegou até a fazer uma grana vendendo peixinhos coletados em recifes próximos.

Após completar sua formação como biólogo no Brasil, Luiz Rocha concluiu doutorado em Ciências Aquáticas e da Pesca na Universidade da Flórida, Estados Unidos. Hoje considerado um especialista mundial em ictiologia (o estudo dos peixes), Luiz lidera quatro ou cinco expedições de mergulho da Academia de Ciências da Califórnia todos os anos. Essas aventuras, como costumava ser quando garoto, são motivadas pela curisodade: seja pela biodiversidade sob as águas, seja para investigar o avanço de espécies invasoras.

Há 20 anos, Luiz também vem se especializando em mergulhos em águas profundas, que podem chegar a até 150 metros de profundidade. Essas manobras, realizadas por poucos cientistas no mundo, exigem equipamento especial (tanques capazes de reciclar oxigênio e garantir mais tempo sob a água) e rigor máximo (apenas um mergulho desses pode ser realizado por dia, para não afetar em demasia o corpo do praticante).



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