O paraibano Eitel Santiago, subprocurador-geral da República e candidato a suceder Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, defendeu a investigação do presidente Michel Temer, em caso de indícios de crimes praticados no mandato, mas rechaçou uma apuração escandalosa, como ele acredita ser a que vem sendo conduzida por Janot, a quem ele é crítico.

“Há um certo exagero na divulgação antecipada, isso é prejudicial ao País”, comentou.

A declaração do procurador paraibano foi colhida em debate entre os candidatos organizado pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em Brasília.

Debate

Temas polêmicos como os acordos de colaboração assinados por Janot e a imunidade concedida ao empresário Joesley Batista não entraram em pauta no debate, assim como a possibilidade de investigação do presidente da República por crimes praticados antes e durante o mandato. Entretanto, os candidatos foram questionados pela reportagem do Estado de São Paulo.

Os oito candidatos afirmaram que, em caso de provas ou indícios entregues em uma colaboração premiada sobre crimes praticados no mandato, é dever do procurador-geral da República instaurar uma investigação. No entanto, eles não quiseram falar sobre o caso concreto envolvendo a atual investigação sobre o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva.