Economia
Paraíba registra menor taxa de desemprego desde 2012, aponta IBGE
Estado alcança 7% de desocupação no 2º trimestre de 2025, com recorde de ocupados e crescimento no emprego formal, mas ainda acima da média nacional.
15/08/2025

Foto: Reprodução
Lara Ribeiro
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (15), a taxa de desocupação, também conhecida como taxa de desemprego, na Paraíba caiu para 7% no segundo trimestre de 2025, o menor índice já registrado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, em 2012.
O resultado representa queda de 1,7 ponto percentual em relação aos três primeiros meses do ano, quando o desemprego estava em 8,7%.
O indicador confirma a trajetória de redução observada nos últimos anos no estado: 12,3% em 2022, 10,4% em 2023, 8,7% em 2024 e agora 7%. Apesar do avanço, a taxa paraibana segue acima da média nacional (5,8%), mas está abaixo da nordestina (8,2%). No ranking nacional, foi a 11ª maior taxa, mas a 3ª mais baixa do Nordeste.
O levantamento estima ainda que havia 126 mil paraibanos desocupados (pessoas que não estavam trabalhando) no período, mas que buscavam empregos ativamente. Esse número representa uma redução de 18,6%, menos 28 mil pessoas, em relação ao segundo semestre de 2024.
Ao mesmo tempo, o número de pessoas ocupadas na Paraíba alcançou 1,665 milhão no segundo trimestre deste ano, o maior contingente já registrado na série histórica. Em comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 2,7% (mais 44 mil trabalhadores).
No segundo trimestre de 2024, o crescimento foi de 2,3% (mais 38 mil ocupados), resultado que, segundo o IBGE, estatisticamente indica estabilidade.
O nível de ocupação, proporção de pessoas com trabalho em relação à população em idade de trabalhar (14 anos ou mais), chegou a 50,3% no 2º trimestre, mantendo tendência de alta desde 2022, quando estava em 45,3%. Apesar do avanço, o índice é o 8º menor do país e está abaixo da média brasileira (58,8%), embora levemente acima da regional (50%).
A expansão anual no número de ocupados foi impulsionada pelo crescimento de 10% (mais 71 mil) no contingente de empregados no setor privado, com destaque para trabalhadores com carteira assinada (alta de 9,4%, mais 37 mil) e sem carteira (10,6%, mais 34 mil). O emprego doméstico também cresceu 9,7% (mais 10 mil), especialmente entre os sem carteira (8 mil).
Entre os empregadores, houve aumento de 8,4% (mais 6 mil), puxado pelo crescimento expressivo de 47% (mais 8 mil) no grupo sem CNPJ. Já os empregadores com CNPJ caíram 4,1% (menos 2 mil). Por outro lado, o trabalho por conta própria caiu 5,4% (menos 22 mil pessoas), devido principalmente à redução de 7,5% entre os que não possuem CNPJ.
A população ocupada informalmente aumentou 2,8% no último ano, passando de 816 mil para 839 mil pessoas. Com isso, a taxa de informalidade ficou praticamente estável, passando de 50,2% para 50,4%. O índice está alinhado à média do Nordeste (50,3%), mas permanece muito acima da média nacional (37,8%), sendo o 7º mais alto do Brasil.
O rendimento médio mensal real habitual da Paraíba foi de R$ 2.421 no segundo trimestre, levemente acima da média do Nordeste (R$ 2.404), mas muito abaixo da nacional (R$ 3.477). Apesar de estar em trajetória de alta desde 2023, o valor ainda não recuperou o pico da série, alcançado em 2022 (R$ 2.478).
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