Anualmente o número de doenças transmitida pelo aedes aegypti tem aumentado em todo o país. O período do verão é o mais propício para a reprodução do mosquito e, consequentemente, nessa época do ano cresce o alerta para a prevenção da dengue, mas também da febre chikungunya e do zika vírus, tido como o responsável pelo surto de microcefalia no Brasil.

Dados preliminares do Ministério da Saúde revelam que apenas em 2015 foram registrados 1,59 milhão de casos da dengue no país, praticamente o triplo dos diagnósticos de 2014. Na Paraíba, de janeiro a novembro de 2015 foram notificados mais de 25 mil casos de dengue, o que representa um aumento de 266,51% no número de casos da doença em comparação com 2014, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba.

De acordo com a clínica geral do Pronto Atendimento Campinense, Mariluce Terra, o combate ao mosquito é a medida mais importante para a redução da incidência da dengue. “Só com o empenho de todos teremos resultados, então é preciso orientar e conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade de cada um com sua casa, e colaborar divulgando as informações para vizinhos, familiares e amigos”, explica.

A conscientização é necessária, mas é preciso também agir contra a proliferação do mosquito. Uma das medidas mais simples e eficazes é evitar o acúmulo de água parada, bem como manter a caixa d’água coberta e utilizar hipoclorito nas águas acumuladas. Para as grávidas, a recomendação ainda inclui o uso de repelentes, roupas de mangas compridas, calças e meias também nos dias de calor.

No entanto, mesmo com esses os cuidados, é possível que a pessoa seja acometida pela doença, já que nem todos utilizam métodos preventivos. Nessas situações, Mariluce afirma que a medicação deve ser seguida de acordo com orientação médica. “Além disso, mesmo que o paciente não tenha apetite, deve ingerir muito líquido, água, sucos, água de coco, pois um dos fatores que contribui para a melhora do quadro e prevenção de complicações é a ingestão de líquidos”, esclarece.