Economia & Negócios
Paraíba é destaque na produção de energia renovável; saiba mais sobre o Complexo Eólico Serra da Palmeira
Maior investimento global da CTG, complexo com 108 aerogeradores posiciona a Paraíba como destaque nacional em energia renovável a partir de 2026.
23/05/2025

Complexo Eólico Serra da Palmeira (Foto: Anna Barros)
Anna Barros
A partir do próximo ano, a Paraíba estará sob os holofotes quando o assunto for energia renovável. Essa é a previsão da CTG Brasil, uma das maiores geradoras de energia do país. Localizado no Seridó Paraibano, o Complexo Eólico Serra da Palmeira é o maior investimento da CTG no mundo.
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O Portal WSCOM viu de perto a dimensão do projeto durante um press day, nesta quinta-feira (22). Ao todo, são 108 aerogeradores, localizados em cinco municípios do Seridó, nesta disposição:
- Picuí: 35 aerogeradores
- Nova Palmeira: 33 aerogeradores
- Pedra Lavada: 25 aerogeradores
- São Vicente do Seridó: 10 aerogeradores
- Baraúna: 5 aerogeradores
Segundo o diretor de engenharia de renováveis da empresa, Lucas Sanchez, alguns fatores foram primordiais para a definição local, como a geografia plana e os ventos constantes e unidirecionais que cercam a região.

“O mais decisivo foi a qualidade do recurso energético. O vento aqui vem sempre do leste, o que facilita o planejamento do layout da usina e a disposição dos aerogeradores, geralmente alinhados no eixo norte-sul”, detalhou.
“Temos montanhas altas, mas com topos razoavelmente planos, o que facilita a instalação dos equipamentos”, continuou.
Alguns outros pontos positivos foram somados a essa lista. Lucas explicou que a infraestrutura da subestação Campina Grande 3 foi determinante para viabilizar a dimensão do projeto. “Nem toda subestação teria capacidade de receber tanta energia”, destacou.
Celeiro de ventos
O diretor também ressaltou que a região Nordeste é tradicionalmente conhecida como o “celeiro de ventos” do Brasil. No entanto, a decisão não foi imediata. “Antes de chegar aqui, fizemos uma verdadeira peneira. Olhamos muitos, mas muitos projetos. E esse se destacou entre todos”, destacou.

O executivo também explicou que o projeto da Paraíba não foi originalmente desenvolvido pela CTG, mas adquirido em um estágio já avançado de maturidade, o que permitiu acelerar o processo de outorga junto à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
“Quando compramos o projeto, ele já tinha cerca de três anos de medições de vento e demais critérios técnicos exigidos. Isso nos permitiu solicitar a outorga como produtor independente de energia.”
A outorga da ANEEL tem duração de 35 anos, incluindo os anos de desenvolvimento e construção. A previsão é que o parque entre em operação em 2026, com 31 anos de funcionamento previstos a partir desta data.
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