Justiça

Para reparar danos, MPPB ingressa com ação cautelar contra Braiscompany e pede bloqueio de R$ 45 milhões da empresa


16/02/2023

Foto: TV Paraíba

Portal WSCOM com g1

 

 

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ingressou na tarde desta quinta-feira (16) com uma ação cautelar no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) contra a Braiscompany pedindo o bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios. De acordo com o órgão ministerial, a ação tem objetivo de tentar garantir a reparação de danos provocadas pela empresa.

A ação tem dois alvos principais. Proteger individualmente cada consumidor envolvido e proteger de forma genérica toda a sociedade paraibana vítima de “dano coletivo”. O promotor de Justiça Romualdo Tadeu Dias, diretor-geral do MP-Procon, informou que aguardará o pronunciamento judicial e o consequente deferimento das medidas requeridas.

Para os promotores, a Braiscompany adota uma estratégia para ludibriar o consumidor.

“Faz parte da estratégia de marketing e captação de clientes da empresa a divulgação de um estilo de vida de luxo dos brokers e dos sócios-administradores da BRAISCOMPANY, o casal Antônio Neto e Fabrícia, os quais comumente compartilham com os seus seguidores as viagens que fazem a destinos paradisíacos, a utilização de jatinhos, carros, marcas de luxo, imóveis de grande valia, tudo isso informado pela mensagem subliminar de que toda aquela riqueza foi alcançada a partir da utilização desse modelo de negócios que eles estão comercializando. Uma ação orquestrada para ludibriar o consumidor que, na maioria das vezes, não tem acesso a nenhum desses itens”

Romualdo Dias explica ainda que não está descartado a abertura de uma ação civil pública caso novos fatos surjam e tornem mais robustos o conjunto de provas já existentes.A ação cautelar do MPPB foi ingressada no mesmo dia em que a Operação Halving foi desencadeada pela Polícia Federal (PF) em Campina Grande, em João Pessoa e em São Paulo.

As investigações da PF, no entanto, têm como alvo suspeitas de crime financeiro. Mais de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas teriam sido movimentadas em contas vinculadas aos sócios da Braiscompany, que estão foragidos.



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