Justiça

PÃO E CIRCO: desembargador Joás de Brito Pereira assume nova fase de processo incriminando Ruy Carneiro


15/07/2024

Na imagem o desembargador Joás de Brito Pereira Filho

Portal WSCOM

Por Walter Santos

Fato novo nas lides judiciais da Paraíba com o anúncio de que o desembargador Joás de Brito Pereira foi escolhido em sorteio como o relator do caso “Pão e Circo”’ envolvendo o deputado federal Ruy Carneiro quando o então secretário de Esportes foi condenado no início do ano pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Adilson Fabricio, a 15 anos e 10 meses de detenção. Como os advogados recorreram da decisão, agora a nova fase requer desdobramento tendo novo relator no caso.

De acordo com informações de bastidores também explorados em sites, o TJ examinará os recursos impetrados pelos advogados de Ruy exatamente contra a sentença de Adilson, pois ele alega inocência.

Deputado Ruy Carneiro.

Segundo consta como desdobramento da sentença, Ruy Carneiro chegou a insinuar em mais de uma oportunidade, que a decisão do magistrado se deu por “interesses outros”, sugerindo uma motivação política, lembrando que ele é pré-candidato a prefeito. Ele chegou a divulgar campanha publicitária em outdoors de “que ninguém me calará”.

Consta ainda do rito processual que, em maio último, o juiz julgou recursos protocolados pela defesa de Ruy questionando a decisão, mantendo a sentença inicial levando o deputado a recorrer ao pleno do TJ.

Os autos revelam que em 2018, o Gaeco ofereceu “denúncia contra Ruy (e mais seis pessoas), apontando o deputado (então secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer) como integrante do esquema conhecido como o Caso Desk, constante da compra de cadeiras e móveis, com eventual fraude na licitação e prática de lavagem de dinheiro, revelado pela Operação Pão e Circo”.

Argumenta “o Ministério Público, que o esquema teria causado um prejuízo R$ 2.641.313,93(do (valores de 2018). A denúncia foi, então, acatada pelo juízo da 2ª Vara Criminal, e Ruy, além dos demais denunciados, então, viraram réus. São: Luiz Carlos Chaves, José de Araújo Agostinho, Daniel Pereira de Souza, Fabíola Bazhunni Maia, Fábio Bazhunni (sócios da Desk) e Ozimar Berto de Araújo”.

Por fim, adicionam que “uma das provas contundentes contra Ruy, segundo a revista Veja, foi a informação de que funcionário da própria empresa Desk, fornecedora dos itens, teria depositado, em 2009, R$ 20 mil (valores da época) em conta de uma concessionário, relativa à compra de automóvel GM Captiva por Carneiro”.

Em tempo: a reportagem tem procurado a defesa do deputado e pré-candidato para manifestação sobre o caso.



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