A ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, não compareceu à audiência de instrução realizada na última semana no Supremo Tribunal Federal (STF), no processo em que é ré por suposta participação nos atos de 8 de Janeiro. A ausência ocorreu diante do juiz auxiliar Rafael Henrique Janela, que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A sessão durou pouco mais de um minuto e foi encerrada sem qualquer depoimento. Diante da ausência, o juiz intimou as partes do processo para que se manifestem, caso considerem necessário. Pâmela Bório foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob acusação de envolvimento nos atos antidemocráticos que levaram à depredação das sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, em Brasília.

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Apesar da ausência na audiência, a fase de instrução do processo segue em andamento. O ministro Alexandre de Moraes já havia rejeitado um pedido de absolvição sumária, autorizando a continuidade da ação com a oitiva das testemunhas e o interrogatório da ex-primeira-dama.

O processo integra o conjunto de ações penais abertas contra investigados por envolvimento nos atos que, em 8 de janeiro de 2023, romperam com o Estado democrático de direito. Pâmela Bório, que já foi primeira-dama da Paraíba durante o governo de Ricardo Coutinho, responde por supostos crimes contra as instituições democráticas, segundo a denúncia apresentada pela PGR.

A ausência em audiências desse tipo pode ser interpretada como obstáculo à instrução do processo, o que tende a pesar na avaliação do Judiciário, sobretudo quando se trata de ações penais conduzidas no STF sob relatoria de Moraes, conhecido pelo rigor no trato com os acusados dos atos de 8 de Janeiro.