O Padre Egídio de Carvalho Neto, de 56 anos, recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (18) após ser submetido a uma cirurgia de apendicite e ficar internado na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Hospital da Unimed em João Pessoa. O religioso, que foi preso por envolvimento em desvios milionários durante sua gestão no Hospital Padre Zé, agora iniciará o cumprimento de sua pena em regime domiciliar.

A mudança para prisão domiciliar foi concedida pelo juiz José Guedes Cavalcanti Neto, após manifestação favorável do Ministério Público, devido ao estado delicado de saúde do padre. Como condição para sua liberação, foi determinado o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar sua residência sem autorização judicial, além da proibição de contato com pessoas que não sejam seus advogados ou familiares que residam no mesmo imóvel.

O padre também está proibido de acessar ou frequentar estabelecimentos ligados à ASA e ao Instituto São José, e de manter contato com qualquer colaborador destas instituições, conforme estipulado nas medidas cautelares do art. 319 do Código de Processo Penal.

Padre Egídio havia sido transferido para o hospital após sentir fortes dores abdominais enquanto estava detido na Penitenciária Especial do Valentina Figueiredo. Sua prisão ocorreu no âmbito da Operação Indignus, que investigou desvios de aproximadamente R$ 140 milhões durante quase uma década de sua administração no Hospital Padre Zé, período no qual ele também adquiriu diversos bens de luxo.