Paraíba

Orquestra Sinfônica da Paraíba apresenta concerto com regência de Ligia Amadio

SINFÔNICA DA PARAÍBA


16/08/2016

A maestrina paulista Ligia Amadio será a regente do 5º Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica da Paraíba, nesta quinta-feira (18), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural, em João Pessoa. No programa, músicas de Carlos Gomes, Carl Reinecke e Johannes Brahms. O flautista Vitor Diniz será o solista do concerto, que integra o projeto “Mulheres Regentes”. Os ingressos custam R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia).

A execução da Abertura da Ópera Fosca, do compositor brasileiro Carlos Gomes, vai iniciar a apresentação, seguida pelo Concerto para Flauta e Orquestra, Op. 238, de Carl Reinecke, que terá o paraibano Vitor Diniz como solista. Depois do intervalo, será a vez dos músicos da OSPB executarem a Sinfonia nº 1 em Dó menor, Op. 68, de Johannes Brahms.

“Estou felicíssima por voltar a João Pessoa para reger a excelente Orquestra Sinfônica da Paraíba e rever tantos amigos que gratamente conheci em minha estada nesta cidade no ano passado”, disse a maestrina Lidia Amadio, que regeu a OSPB em março de 2015. “Estou muito agradecida ao maestro Durier por mais esse convite, e ansiosa por me reencontrar com os queridos músicos da orquestra para, juntos, realizarmos um programa musical belíssimo: a abertura da ópera Fosca, do grande compositor brasileiro Antonio Carlos Gomes, o romântico concerto para flauta e orquestra de Carl Reinecke, tendo como solista o jovem e talentoso Vitor Diniz, e uma das mais maravilhosas e grandiosas sinfonias de todos os tempos, a primeira sinfonia de Johannes Brahms. Será um privilégio reencontrar-me com o caloroso público paraibano”, completou.

Esse concerto está inserido no projeto “Mulheres Regentes”, uma iniciativa das regentes brasileiras Cláudia Feres, Erica Hindrikson, Ligia Amadio e Vânia Pajares com o objetivo de discutir o papel da mulher no mercado da música de concerto, buscando identificar os principais problemas enfrentados e apontar caminhos e soluções para melhores condições de trabalho a estas profissionais.

O solista – Nascido em 1984, o paraibano Vítor Diniz iniciou aos 12 anos o estudo de flauta transversa com os professores Luceni Caetano e Gustavo Paco de Géa. Pouco tempo depois participou de turnês orquestrais para a Argentina, os Estados Unidos e Portugal. Aos 17 anos mudou-se para a Alemanha, onde estudou com Angela Firkins, Jean-Claude Gérard e Renate Greiss-Armin nas universidades de Lübeck, Stuttgart e Karisruhe. Atento à música de seu país, escolheu como tema de mestrado pela Hochschule für Musik Karlsruhe: “A flauta na música de câmera de Villa-Lobos”.

Vítor foi premiado como solista da Orquestra Sinfônica Brasileira no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por ocasião do Concurso Nélson Freire OSB 2010. Em âmbito internacional, recebeu em 2007 o segundo prêmio e o prêmio de melhor interpretação da música especialmente escrita para o Volos Internacional Flute Meeting na Grécia.

Em 2010 e 2011, foi premiado junto com sua aluna Pauline Floreani nos Concursos Azumi. Em 2012, como integrante do Poetrio Brasilis, recebeu o segundo prêmio, o primeiro não foi outorgado, assim como o prêmio do público no II Concurso Internacional de Música de Câmera com Violão em Aschaffenburg – Alemanha.

Como músico orquestral, colaborou dentre outras com a Stuttgarter Philharmoniker, a Lüneburger Sinfoniker, a Heilbronner Sinfoniker, a Südwestdeutsches Kammerorchester Pforzheim, a Gustav Mahler Orchesterakademie e a Junge Oper da Staatsoper Stuttgart, sob a batuta de maestros como Sir Roger Norrington, Zsolt Nagy, Gustav Kuhn e Radoslaw Szulc. Apresentou-se na Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Itália, Inglaterra, Polônia, Portugal e Suíça.

Em diferentes oportunidades teve a chance de apresentar peças trabalhadas com os próprios compositores, como György Kurtág, Ernst Mahle, Daniel Schnyder, Slavador Brotons, Younghi Pagh-Paan e Viviane Waschbüsch. Vítor foi bolsista da Fundação Vitae (SP), do Rotary Club Bad Oldesloe e da Fundação Yehudi LMN (Alemanha). Aulas com Barthold Kuijken, James Galway, Davide Formisano e Alain Marion completam sua formação.

Além da prolífica carreira artística, Vítor é também um requisitado pedagogo, ministrando cursos de flauta em universidades brasileiras como a UFPB, UFRN, UFBA, UFU-MG, UEMG e UNIRIO. Desde 2015 leciona na Stuttarter Musikschule, na Alemanha, tendo alunos premiados em diversos concursos.

A regente – Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se por: Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Croácia, Cuba, Eslovênia, Estados Unidos, França, Islândia, Israel, Itália, Japão, Holanda, Hungria, México, Peru, Portugal, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Tailândia e Venezuela.

Premiada no célebre Concurso Internacional de Tóquio (1997) e no II Concurso Latino-Americano para Regentes de Orquestra em Santiago do Chile (1998), em 2001 recebeu o prêmio “Melhor Regente do Ano” no Brasil, outorgado pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Lígia Amadio atuou como regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica Nacional, entre 1996 e 2009. Por seu dedicado labor na direção da OSN, recebeu o título de “Cidadão Niteroiense”, em 2003, e a Comenda da Ordem do Mérito da Cidade de Niterói, no grau de Grande Oficial, em 2005.

Entre 2000 e 2003, ocupou a função de regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, Argentina. Em 2003, recebeu os prêmios Lira à Excelência e Raízes, devido a seu trabalho à frente dessa orquestra. Em 2009, Lígia Amadio foi diretora artística e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, sendo laureada com a Medalha Carlos Gomes, concedida pela Câmara Municipal daquela cidade.

De agosto de 2009 a dezembro de 2011 foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP). Em 2011, Ligia Amadio foi indicada para o prêmio Carlos Gomes em duas categorias, por seu trabalho à frente da OSUSP, e, em 2012, foi premiada na categoria “Regente”. Entre 2010 e 2014, ocupou a direção titular e artística da Orquestra Filarmônica de Mendoza. Para todos esses cargos, Lígia Amadio foi eleita pelos integrantes das respectivas orquestras.

Em 2014, a maestrina trabalhou à frente da Orquestra Filarmônica de Bogotá, realizando uma temporada completa dedicada à Música do Século XX. Regeu um total de 42 concertos aclamados pelo público e pela crítica especializada, devotados à música contemporânea.

Sua discografia reúne 11 CDs e cinco DVDs: à frente da Sinfônica Nacional, da Sinfônica da Rádio e Televisão Eslovenas e da Sinfônica de Mendoza, na Argentina. Entre eles, destaca-se a realização da coleção Música Brasileira no Tempo.

Lígia Amadio iniciou sua formação musical aos cinco anos de idade sob a orientação da professora Maria Cristina da Ponta Fiore. Realizou estudos regulares no Colégio Dante Alighieri e, após haver concluído o curso de Engenharia de Produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em 1985, realizou o Bacharelado em Música – com habilitação em regência – e o Mestrado em Artes na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No Brasil, seus principais mentores foram Henrique Gregori, Eleazar de Carvalho, H.J.Koellreutter e Almeida Prado.

Sua formação também incluiu os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral: Accademia Chigiana (Itália), International Bartók Seminar (Hungria), Wiener Meisterkürse für Musik (Áustria), International Opera Workshop (República Tcheca), Peter the Great International Workshop (Rússia), Curso Interamericano para Jovenes Directores de Orquesta (Venezuela), Curso Latino-Americano de Regência Orquestral (São Paulo) e Kirill Kondrashin Masterclass (Holanda), onde foi premiada, regendo no Concertgebouw de Amsterdam, a Netherlans Radio Television Symphony Orchestra. Nesses cursos, teve como professores: Ferdinand Leitner, Dominique Rouits, Julius Kalmar, Georg Tintner, Alexander Politshuk, Guillermo Scarabino, Kurt Masur e Sir Edward Downes.

No Brasil, tem sido convidada para atuar à frente das mais importantes orquestras, tais como: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, Amazonas Filarmônica, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Orquestra Sinfônica do Teatro São Pedro, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra Sinfônica Petrobras Pró-Música e a Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Entre as inúmeras orquestras que dirigiu em outros países, estão: Arpeggione Städtisches Kammerorchester, Baden-Badener Philharmonie, Ensemble Contrechamps, Filarmónica de Bogotá, Filharmonia Czestochowa, Israel Chamber Orchestra, Jerusalém Symphony Orchestra, Lebanese Philharmonic Orchestra, Netherlands Radio Symphony Orchestra, Orkiestrę Symfoniczną Filharmonii Szczecińskiej, Orquesta del Teatro Argentino de la Plata, Orquesta Estable del Teatro Colón, Orquesta Filarmónica de Buenos Aires, Orquesta Sinfónica del Estado de México, e Orquesta Sinfónica Juvenil Teresa Carreño, dentre outras.



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