Música

Orquestra Sinfônica apresenta concerto com a maestrina Claudia Feres e o violist

Nesta 5ª


01/10/2015

A Orquestra Sinfônica da Paraíba traz em seu 12º concerto da temporada 2015 a música descritiva brasileira, a contemplação e exaltação às belezas da natureza numa sinfonia clássica. A apresentação, que acontece na quinta-feira (8), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, traz duas atrações nacionais: a maestrina Claudia Feres na regência e o violista Paulo França. A entrada custa R$ 4 (inteira) e R$ 2 (estudante).

O concerto abre com a “Toccata (O Trenzinho do Caipira) das Bachianas Brasileiras Nº. 2” de Heitor Villa-Lobos. A peça evoca uma pitoresca viagem de uma “Maria Fumaça” pelo interior do Brasil. Com a partida do trem, o ritmo acelera, trazendo uma melodia saudosista. Essa pintura sonora retrata as paisagens e o colorido da nossa terra. Para isso, o compositor utiliza o vasto timbre da orquestra que está recheada de instrumentos de percussão, além do piano, celesta e saxofone, revelando a criatividade do maior compositor brasileiro.

A viola foi contemplada no concerto composto pelo compositor inglês Cecil Forsyth. A estreia dessa obra prima aconteceu em Londres, em 1903, trazendo a influência do romantismo passional e prenunciando as trilhas sonoras de filmes, pois seu autor também foi versátil nessa atividade artística. Para o violista, o trabalho de Forsyth fornece uma plataforma para mostrar os pontos fortes reais do instrumento – a viola – inclinando-se para emoções das sombras, bem como a sua capacidade muitas vezes esquecida, de criar fogos de artifício técnicos.

A Sinfonia n° 6, “Pastoral”, em Fá Maior, Opus 68, distingue-se por sua fisionomia plácida e transparente, com uma “tempestade” em seu penúltimo movimento, que é logo abrandada pelo canto dos pastores em alegria depois da tormenta. A obra possui títulos, dados por Beethoven, com a finalidade de facilitar a apreciação do clima pastoral, que revela e expressa a “reconciliação do homem com a natureza”. A sinfonia não é uma pintura sonora, e sim, a expressão de sentimentos que o homem goza no campo. Aqui temos um compositor revolucionário e inventivo, que elevou a forma da sinfonia ao mais alto grau de perfeição.

“A tônica do concerto é a alegria de viver e poder desfrutar da música que inspira e faz crescer. Fatores muito especiais juntaram os três compositores, o solista e a regente convidados, para celebrar com a OSPB um futuro brilhante e promissor. A OSPB vem a cada concerto crescendo em qualidade artística e musical, trazendo para a sociedade a boa diversão e cumprindo sua função social”, destaca o maestro Luiz Carlos Durier, titular da OSPB.

Paulo França (violista) – Professor de Viola da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é Mestre em Viola pela Hochschule für Musik Karlsruhe (Universidade Superior de música de Kalrsruhe – Alemanha) e Bacharel pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Iniciou seus estudos em Viola no curso de extensão da Universidade Federal da Paraíba, na classe do professor Samuel Espinoza. Posteriormente, estudou com Luiz Carlos Durier na Escola de Música Anthenor Navarro e com Ariana Perazzo na UFPB.

Realizou recitais e palestras na Bienal de Música Contemporânea da Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, e na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em Mossoró. Foi integrante da Orquestra de Câmara da Cidade de João Pessoa e da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba, nas quais atuou também como solista. Participou de diversos festivais de música em master-classes de professores como Emerson de Biaggi, Jairo Chaves, Yerko Pinto, Renato Bandel, Richard Young, Rafael Altino, Rainer Moog, Ori Kam e Fauré Quartett.

Atuou como músico convidado na Orquestra Sinfônica da Paraíba, do XXI Festival Internacional de Música de Belém do Pará, VII e VIII Encontros de Cordas de São Luiz do Maranhão, Festival Virtuosi em Recife e Gravatá e da Orquestra do Estado de Mato Grosso.

Obteve nota máxima em seu recital de conclusão de Mestrado sob a orientação do professor Johannes Lüthy pela Hochschule für Musik Karlsruhe. Participou de forma intensa em projetos de música de câmara em parceira com Martin Ostertag, Fany Solter, Katrin Melcher e na gravação de CDs da Orquestra Sinfônica da Hochschule für Musik Karlsruhe, sob a batuta de Mario Venzago, Nachum Erlich e Will Sanders realizando também turnês pelo Brasil e pela Alemanha. Frequentou as classes dos professores, Hartmut Höll, Michael Uhde, Martin Ostertag, Fany Solter, Nachum Erlich e Andreas Weiss. Estreou em 2015, a obra “O Turista Aprendiz”, do compositor Danilo Guanais, numa série de concertos no Brasil e na Alemanha.

Claudia Feres (regente) – Nascida em São Paulo, Claudia Feres formou-se em composição e regência pela Unicamp. Após um período em Cincinnati e Chicago, obteve o título de Mestre em música pela Northwestern University (Chicago), sob a orientação do maestro Victor Yampolsky. Estudou com Eleazar de Carvalho, Fábio Mechetti, Henrique Gregori, Teri Murai, Ronald Zollman, Gustav Meier, Robert Gutter e Jorma Panula.

Claudia Feres foi premiada com a medalha de Honra da cidade de Jundiaí pelo seu trabalho como diretora artística da Orquestra Jovem de Jundiaí de 1982 a 1986. Apresentou-se frente à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Amazonas Filarmônica, Orquestra Jovem de Brasília, Orquestra Jovem de Campinas, Orquestra de Câmara da Unicamp, Camerata Fukuda, Sinfonia Cultura, Orquestra de Câmara de Blumenau, Opera Giocosa del Friuli Venezia-Giulia, Northwestern University Orchestra e North Shore Chamber Orchestra.

Em 1987, venceu o concurso para jovens regentes, promovido pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 1990, participou do 42º Concurso Internacional da Primavera de Praga. De 1991 a 1994, foi regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Participou do International Institute for Conductors em Kiev, onde regeu a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia.

Claudia Feres foi regente adjunta da Orquestra Sinfônica de Santo André de 2004 a 2006. Foi diretora artística da Orquestra de Câmara de Jundiaí de 1999 a 2003. De 2002 a 2006 esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Mulheres no Projeto Avon Women in Concert, apresentando-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, na Pedreira Paulo Leminsky, em Curitiba e Teatro Municipal do Rio de Janeiro com as sopranos Barbara Hendricks e Kiri Te Kanawa. Ainda neste projeto, Claudia Feres se apresentou com artistas da música popular, como Rita Lee, Paula Lima, Vanessa da Mata, Margareth Menezes, Milton Nascimento e Daniela Mercury. É idealizadora de vários projetos, entre eles, Concertos Matinais (Londrina – PR), Concertos Astra (Jundiaí – SP) e Música e Cidadania (Jundiaí – SP). De 2008 a 2010, foi professora das classes de Regência da Faculdade Souza Lima.

Desde 1997 é diretora artística da Escola de Música de Jundiaí, onde coordena a Orquestra de Câmara de Repertório. De 2011 a 2014, foi Regente titular da Orquestra Juvenil de Heliópolis – Instituto Baccarelli. Em 2011, foi nomeada Regente Titular e Diretora Artística da Orquestra Municipal de Jundiaí.



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