Política

Oposição insiste em envolvimento de familiares de secretário em obra da Lagoa

DE CÁSSIO ANDRADE


28/06/2017



O vereador Bruno Farias afirmou nesta quarta-feira (28), que a comissão instalada pela Prefeitura de João Pessoa deixou a Câmara dos Vereadores em situação vexatória. O líder da bancada de oposição, em coletiva de imprensa, apresentou documentos que comprovam possível tráfico de influência para facilitar a liberação de recursos para a obra da Lagoa.

Segundo Bruno, os governistas disseram que não havia necessidade de CPI da Lagoa, porque os órgãos fiscalizadores já investigavam o caso e agora a própria prefeitura instaurou inquérito.

"Estou quase vendo os vereadores levarem peteleco na rua, da população, que quer saber qual é o papel de vereador se não fiscalizar o Executivo. A obra da Lagoa foi concebida, idealizada para ser um dreno para se desviar recursos públicos", frisou o vereador.                    

Na oportunidade, ele disse ainda que Cássio Andrade mentiu quando falou que a esposa não participou da obra: "Documentos mostram que até novembro ela quem autorizou o pagamento das medições. Até novembro de 2015 ela participa de tudo."

O vereador ressaltou também que cópias das autorizações foram mandadas para Cássio Andrade, portanto, não tinha como ele não saber do envolvimento da esposa.

Segundo Bruno, Andrade mentiu também sobre a participação apenas burocrática do concunhado nas negociações da obra de revitalização e restauração da Lagoa: "O diário de obras da Compecc que foi apreendido pela Polícia Federal tem assinaturas de seu concunhado, como gestor de obras."

Bruno disse também que recebeu a informação de uma ex-funcionária da Seinfra que faltando 15 dias para a eleição de 2014, quando Lucélio se candidatou ao Senado, foi uma correria na pasta para fazer medição e mandar dinheiro para a Compecc e que percebeu que nessa época teve dois pagamentos "estranhos", um de R$ 660 mil, ordinário, depositado na conta do convênio responsável pela obra⁠⁠⁠⁠ e outro de R$ 2 milhões, extraordinário, feito diretamente na conta do administrador da Compecc, sem intermédio da Caixa Econômica.                

O vereador reafirmou que não acusou ninguém no caso da candidatura de Lucélio Cartaxo ao Senado, mas que acha muito estranho e irá encaminhar as informações para a PF, o MPF, a CGU e os órgãos competentes.



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