A Medida Provisória do Governo do Estado, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (17), criando a Guarda Militar Temporária (GMT) para auxiliar nas atividades ostensivas exclusivas da Polícia Militar dominou os debates da sessão ordinária da Assembleia Legislativa (ALPB) na manhã de hoje. 

O líder da oposição, Bruno Cunha Lima (PSDB), acusou o governo de desprezar concurso público da PM e criar "milícia" armada. Ele também anunciou que irá acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o Ministério Público do Trabalho contra a decisão.

Já Camila Toscano disse que a Guarda servirá de cabide de emprego. “Essas pessoas não terão remuneração igual a dos policiais militares e ainda serão escolhidos a dedo pelos integrantes do Estado. Essa nova ideia do governador está cheirando a novas formas de criação de cabides de emprego. Não é dessa forma que conseguirão resolver os graves problemas da segurança pública na Paraíba”, disse Camila.

O líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB), por sua vez, minimizou as críticas da oposição a Medida provisória. Ele ratificou o discurso de que o governo é exitoso, com várias realizações e disse que não tem o que temer. Para ele, a Guarda é mais um acerto da gestão.

Ele também aconselhou a oposição a discutir os problemas na Barreira do Cabo Branco. "Pensava que eles iriam trazer hoje aqui para Casa essa discussão. A barreira a cada dia se desmorona e aumenta a nossa vergonha. Eles deveriam engrossar o coro para que o governador Ricardo Coutinho interceda onde a inoperância de Cartaxo está marcada na cidade”, observou o líder governista.