Política

OPINIÃO: Walter Santos diz que Azevêdo toma novo rumo e expõe contradições de Ricardo


03/12/2019

Jornalista e analista político Walter Santos

Por Walter Santos
Portal WSCOM

O troco de João Azevêdo ataca autoritarismo de RC e símbolos democráticos que ex-governador defende e não pratica

 

Com o rompimento político selado entre o governador João Azevêdo e o ex-governador Ricardo Coutinho consolida-se na Paraíba a cultura histórica de crise entre criador e criatura, agora com a parte jovem do processo deixando quem de direito usufruindo de duro discurso a afetar a natureza humana e política de um líder de fato apanhado na contradição.

 

Esta é a essência do que pontuou nesta terça-feira, 3, o governador João Azevedo contra-atacando seu ex-mentor e ex-aliado exposto este como um personagem contraditório a se impor como ditador diante do discurso democrático.

 

Ricardo passou a ouvir e ler algo que vai ser preciso tempo para digerir.

 

A ESSÊNCIA DE TUDO

 

João Azevedo foi duro no argumento:

 

– A democracia que defendemos não deve ser um conceito vago, um ser abstrato, que se usa quando convém, para embasar as próprias teses e dar ganho de causa a argumentos e procedimentos. Democracia é uma palavra viva que precisa estar presente no nosso dia a dia, argumentou para consolidar a tese:

 

– E eu procuro praticá-la nas minhas atividades, no cotidiano, com minha equipe, com amigos, com companheiros e companheiras, na relação com a comunidade, com as instituições e os movimentos sociais, frisou para concluir envolvendo a família como a se contrapor ao ex-governador com problemas nessa esfera:

 

– Uma prática que adoto em família, compartilhando com minha esposa e estendendo esse conceito a filhos e netos, como um legado de vida”, afirmou.

 

O TEMPO E O FIM DA PACIÊNCIA

 

A partir de agora, o jogo passa a ser diferente e de rearrumacão:

 

– Tenho exercido os limites da paciência para não incorrer nas falhas que a pressa leva sempre a cometermos. Mas, como humanos, todos temos nossos limites. E o meu chegou com o PSB, partido ao qual sou filiado e me elegi governador em 2018. Desde a dissolução do Diretório Estadual, em agosto deste ano, sucedido por uma intervenção nacional ou simplesmente pelo golpe aplicado – segundo companheiros de partido e a imprensa local, que o incômodo com a situação só se agravava e exigia, mais cedo ou mais tarde, uma tomada de decisão. E ela chegou. Saio do PSB em busca da democracia perdida, finalizou.

 

AGORA É FASE DE TROCAS

 

João Azevedo passa a adotar de agora em diante uma série de mudanças na equipe com a saída de todos ricardistas.

 

A Paraíba passa a conviver com novo tempo e futuro político.



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