As Secretarias de Meio Ambiente Pesca e Aquicultura (Semapa) e Infraestrutura (Seinfra) de Cabedelo realizaram, nesta quarta-feira (26), uma operação conjunta de fiscalização e reconhecimento de áreas sujeitas à prática de crimes ambientais. A ação aconteceu entre as comunidades de Salinas do Ribamar e Renascer até as proximidades da Mata do Amém (Flona).

A operação visitou e notificou algumas empresas locais suspeitas de cometerem irregularidades, principalmente, relativas à deposição irregular de resíduos. Devido à vasta extensão da área e à grande quantidade de entulhos e pontos de lixo irregulares identificados, a ação concentrou esforços no levantamento, documentação por imagens e pesquisa do tipo de material despejado.

“Pretendemos aumentar a presença da fiscalização nessas áreas, através de ações de combate a essas irregularidades. Mas, tudo tem que ocorrer dentro do limite da lei e, para tanto, os vários setores da administração atuarão em conjunto e de forma mais articulada. Portanto, estamos em fase de elaboração de um plano de ação integrado, que já tem seu início nestas primeiras ações de reconhecimento”, comentou Walber Farias, à frente da Semapa.

Irregularidades – Baseada em denúncias, notificações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da própria fiscalização de rotina, a operação encontrou várias irregularidades, desde o funcionamento de carvoarias e aterro de áreas alagadas, até o despejo de lixo em terrenos particulares e públicos. A ação ainda constatou dano ao manguezal que margeia o Rio Paraíba, riscos à segurança da linha férrea e funcionamento de atividades clandestinas na área.

“Já sabemos que essa área, há vários anos, vem sendo utilizada por ações clandestinas de despejo irregular de resíduos, muitas vezes oriundos de cidades vizinhas. Nosso projeto prevê uma eficaz e efetiva aplicação da legislação vigente que, em muitos casos, configura crime ambiental. Por outro lado, ações como essa, a curto prazo, contribuirão para diminuição da incidência de algumas pragas e doenças, principalmente, da Dengue”, explicou o engenheiro ambiental da Seinfra, Clóvis Neto.