Economia & Negócios

Oi deve buscar um novo presidente no mercado

Telefonia


22/01/2013

 A Oi buscará um novo diretor-presidente no mercado nos próximos meses, afirmam fontes do mercado, que preferiram não ser identificadas. Hoje pela manhã, a companhia indicou José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha para ocupar o cargo em substituição a Francisco Tosta Valim Filho. Carneiro da Cunha se licenciou da função de presidente do conselho da Oi. No comunicado publicado pela companhia hoje na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não ficava claro se ele assumiria o cargo de forma interina ou permanente.

Analistas de mercado ouvidos pelo Valor disseram que a companhia provavelmente contratará uma consultoria para buscar um novo executivo no mercado. O nome considerado o “mais óbvio” para ocupar o cargo seria Roberto Lima, ex-presidente da Vivo e um dos executivos cotados para comandar a Oi à época da saída de Eduardo Falco, em junho de 2011. “Mas o mais provável é que Carneiro da Cunha ocupe o cargo pelo menos até a Oi divulgar o seu balanço, em fevereiro”, disse uma das fontes.

Porém, fontes próximas a Roberto Lima disseram que ele não tem nenhuma negociação em andamento com a Oi.

No começo do mês, a Oi adiou o “Investor Day”, evento que estava programado para 4 de março no Rio de Janeiro e 7 de março em Nova York. A companhia alegou problemas logísticos para manter a data, mas não informou uma nova agenda para o evento. “Talvez a Oi reveja algumas das metas que estabeleceu o ano passado para os próximos anos”, disse outra fonte, que não quis ser identificada. A companhia tinha como meta atingir um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de R$ 8,8 bilhões em 2012. De janeiro a setembro, obteve um Ebitda de R$ 6,3 bilhões.

Um dos analistas afirmou que, para manter essas metas, a Oi precisaria de um presidente com um perfil diferente de Carneiro da Cunha, de preferência, que tivesse experiência à frente de uma operadora. Essa fonte observou que o novo presidente teria que ser brasileiro, respeitando as regras do estatuto da Oi. “A Oi já foi a última a entrar no mercado de TV paga e de telefonia móvel. Ela precisa de um presidente com uma postura mais ativa que reativa”, disse.



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