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‘Obstruir é crime’, diz Dilma sobre bloqueio de rodovias em protesto

Caminhoneiros


10/11/2015



A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10), ao ser questionada sobre a paralisação dos caminhoneiros que atinge estradas do país desde esta segunda, que "obstruir é crime". Na manhã desta terça, os atos foram registrados em GO, MG, MT, PR, RS, SC, SP e TO.

O grupo que participa do movimento foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff, pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras questões.

"Obstruir é crime. Obstruir, afetar a economia popular é crime. Manifestar é algo absolutamente legal. É da democracia. É algo que faz bem ao pais e à democracia. […] Todos nós somos obrigados a cumprir a lei, principalmente as pessoas que exercem a faculdade de cumprir a lei"", afirmou.

"Reivindicar, nesse país, é um direito de todo mundo. Então reinvindicação, no Brasil, há muito tempo não é crime. Nós construímos a democracia para não ser crime. Agora, esse país é um país responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo com alimentos ou combustíveis, isso tem componentes de crime", disse Dilma.

Nesta segunda, ao comentar a greve, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, questionou a paralisação e afirmou que o movimento tem como objetivo somente "desgastar politicamente o governo".
O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.

Desobstrução
Mais cedo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desobstrua as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros para que os trabalhadores garantam “sua liberdade de ir e vir”.
"Evidentemente, no caso de interdição de estradas, nós já determinamos para a PRF que atue através do efetivo necessário para que possamos desobstruir estradas e possamos garantir que aqueles caminhoneiros que queiram trabalhar tenham sua liberdade de ir e vir assegurada", disse o ministro da Justiça em mensagem divulgada pela assessoria de imprensa da pasta.

Na mesma declaração, Cardozo anunciou que os caminhoneiros que fecharem estradas pelo país em forma de protesto contra o governo terão de pagar multa de valor superior a R$ 1,9 mil

Agenda no RJ
A presidente Dilma Roussef visitou na tarde desta terça-feira(10) as obras de construção da Linha 4 do Metrô, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ela chegou ao canteiro de obras por volta das 16h15, após fazer a entrega de casas do Programa Minha Casa Minha Vida, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio e participar de um almoço no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.

De acordo com a Linha 4, as obras do metrô estão dentro do cronograma de entrega, com 83% concluídas.
A visita , que durou cerca de uma hora, começou pela ponte estaiada, que vai ligar os túneis escavados na rocha a partir do Morro do Focinho do Cavalo à estação Jardim Oceânico.

Os dois pilares da ponte já estão prontos. Essa é a primeira ponte estaiada para metrô no Rio.
Acompanhavam a presidente na visita o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab e outras autoridades.

Na estação a presidente recebeu explicações sobre o andamento das obras, que segundo o consórcio estão em fase final.

Escadas rolantes, piso e revestimento de pastilhas nas paredes estão quase prontas. Um painel que homenageia a fauna da Barra/Jacarepaguá já está pronto. Estão representados o jacaré -de- papo-amarelo, o biguá, jararaca e a coruja buraqueira. Na solenidade na estação também participaram 15 operários, que trabalham no consórcio.



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