Justiça

Nunes Marques autoriza ex-diretora de Inteligência a não comparecer à CPMI dos Atos Golpistas

Depoimento de Marília Alencar, apontada como responsável por elaborar um mapa com os locais em que Lula havia sido mais votado no primeiro turno, está marcado para a terça-feira


09/09/2023

Ministro Kassio Nunes Marques - Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF Justiça

Brasil 247



 

 

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, concedeu à ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, o direito de não comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, que apura uma tentativa de golpe de Estado e a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, por manifestantes bolsonaristas e de extrema direita, no dia 8 de janeiro.

Segundo o site O Antagonista, a decisão também permite que a ex-diretora não assuma o compromisso de falar a verdade caso decida comparecer perante a comissão. A expectativa era que Marília Alencar prestasse depoimento na próxima terça-feira.

A ex-diretora de Inteligência é apontada pela Polícia Federal como responsável por entregar ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, um mapa de votação do primeiro turno das eleições de 2022 que aponta as regiões onde o então candidato e hoje presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia registrado os maiores índices de votos. A ação gerou uma série de questionamentos sobre o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral visando beneficiar o então mandatário e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

No mês passado, Marília Alencar foi ouvida no inquérito que investiga a suspeita de uso da máquina pública para interferir no resultado das eleições, o que resultou na prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.



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