Justiça

“Nunca mais quero escutar o nome de Ruan Macário”, diz pai de Kelton Marques

Pai de motoboy morto em atropelamento espera que júri condene Ruan Macário e que ele cumpra a pena.


18/12/2023

Ruan Macário é acusado de causar a morte de Kelton Marques.

Redação / Portal WSCOM

O pai do motoboy Kelton Marques de Sousa, que foi atropelado e morto por Ruan Ferreira de Oliveira em 2021, disse que não quer mais ouvir o nome do acusado, que está sendo julgado nesta segunda-feira (18) pelo Tribunal do Júri da Capital.

Jaílson Souza afirmou que espera que o júri condene Ruan Macário, como é conhecido, e que ele cumpra a pena pelo crime que cometeu. “Eu não quero nada mais do que isso. Aconteça o júri, saia condenação de Ruan Macário e que ele trate de cumpri-la. O meu filho não vai voltar mais. Ele tirou a vida do meu filho, que está debaixo de sete palmos de terra. Eu só quero que aconteça isso e que se encerre um ciclo porque a minha família está toda parada. Mas vamos tocar a vida daqui pra frente”, disse.

Ele ainda contou que vai se dedicar a cuidar das filhas e das netas de Kelton, que ficaram órfãs. “Vou criar as minhas netinhas que são minhas filhas também. Eu não quero nunca mais escutar o nome de Ruan Macário. Eu envelheci 20 anos em dois anos. Essa semana vai fazer dois anos e três meses [da morte de Kelton]. Eu fiquei 20 anos mais velho. Eu não desejo que isso aconteça com ninguém”, desabafou.

O caso

Ruan Macário é acusado de atropelar e matar Kelton Marques no dia 11 de setembro de 2021, por volta de 04h35, no cruzamento da Avenida Governador Flávio Ribeiro Coutinho e Avenida Esperança, Manaíra, em João Pessoa. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele agiu em dolo eventual e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que pilotava uma motocicleta. Ruan fugiu do local sem prestar socorro.

De acordo com as investigações, ele trafegava em alta velocidade (163 km/h) no “Retão de Manaíra”, até avançar o sinal vermelho e colidir com a moto de Kelton, que foi arrastada por mais de 50 metros e lançada contra o muro de um edifício, onde morreu.

O júri popular de Ruan Macário começou às 9 horas desta segunda-feira, de forma híbrida, com o interrogatório do réu por meio virtual, direto do Fórum da Comarca de Catolé do Rocha, onde ele está preso. A sessão é presidida pela juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota Brandão, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.



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