Economia & Negócios

Número de ‘muito ricos’ é recorde no mundo, mas cai no Brasil

Queda


10/09/2013

 A despeito do baixo crescimento econômico, o número de indivíduos “muito ricos” atingiu um patamar recorde neste ano, mostra relatório divulgado hoje pelo UBS e pela Wealth-X, empresa especializada em pesquisas sobre o segmento de altíssima renda. São 199.235 pessoas com pelo menos US$ 30 milhões em ativos líquidos, alta de quase 10 mil em relação ao ano passado.

Quase todo o crescimento veio da Europa e dos Estados Unidos — que, segundo os organizadores, é reflexo dos sinais de recuperação da economia desses mercados. Por outro lado, a América Latina — e o Brasil especificamente — tiveram queda no total de muito ricos.

No levantamento mais recente, o Brasil aparece com 4.015 indivíduos muito ricos, queda de 13,5% na comparação com o ano passado. A fortuna desses indivíduos encolheu 11%, para US$ 770 bilhões. Segundo a pesquisa, mais de US$ 20 bilhões dessa queda podem ser atribuídos a Eike Batista, cujos ativos perderam valor nos últimos 12 meses.

O relatório apontou o crescimento frustrante; os protestos nas ruas; o impacto dos preços das commodities; a alta no endividamento familiar e o desempenho ruim da balança comercial como alguns dos fatores que marcaram a economia brasileira no período.

Influenciada pelo desempenho do Brasil, a América Latina foi a única região do mundo em que a quantidade de super-ricos diminuiu. Houve queda de 4,1%, para 14.150 pessoas.

O Brasil, porém, não foi o único dos Brics (sigla para definir o conjunto de emergentes Brasil, Índ ia, Rússia, China e África do Sul) a ter redução no número de pessoas muito ricas. A China também viu o número de super-ricos encolher desde o ano passado. A queda foi de 5,1%, para 10.675 indivíduos.

Na América do Norte, o número de super-ricos aumentou 7,9%, chegando a 70.485. Na Europa, o crescimento foi de 8,7%, para 58.065 pessoas.

Juntos, os super-ricos do mundo todo têm uma fortuna de quase US$ 28 bilhões. Os bilionários são quase 2 mil, com US$ 6,5 trilhões em ativos líquidos.



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