Paraíba

Número de atendimentos no Hospital Municipal do Valentina aumenta 64%

64%


21/09/2016

O Hospital Municipal do bairro do Valentina Figueiredo em João Pessoa é referência para atendimento clínico de pediatria da Rede Municipal de Saúde. A unidade hospitalar, voltada para o atendimento às crianças e aos adolescentes, realiza uma média de 5.500 atendimentos mensais e 340 internações. Essa otimização nos serviços fez a quantidade de atendimento aumentar em 64% em relação ao passado, quando era realizada uma média de 3.350 atendimentos.

Além dos acolhimentos clínicos e de urgência e emergência, o Hospital Municipal Valentina (HMV) conta com uma moderna Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A unidade recebe crianças a partir de 28 dias de vida e adolescentes até 15 anos 11 meses e 29 dias, desde os casos de menores complexidades até portadores de patologias graves, instáveis e potencialmente fatais.

O paciente Marlonn Gabriel Gomes, de apenas 1 ano, portador de uma síndrome rara, a mioneural, tem uma história de luta pela vida e evolução graças ao atendimento hospitalar e ao amor de sua mãe, Bruna Milena, 19 anos. “O atendimento é perfeito, desde que meu filho chegou aqui a gente vem observando o desenvolvimento dele. Em casa ele tinha um certo movimento, mas depois parou tudo. Com os tratamentos e a minha presença, que eu acho fundamental, ele vem conquistando pequenos avanços dia a dia. Fiquei muito nervosa quando soube que ele ia ficar na UTI, achando que ele ficaria sozinho, mas não, aqui acompanho tudo de perto e toda equipe nos acolheu com amor, realmente cuidam da família como um todo”, contou.

O pequeno Marlonn está internado no HMV desde abril, quando chegou à unidade após uma bronco aspiração de alimento e uma grave insuficiência respiratória. O paciente apresentava também um quadro de pneumonia, desnutrição e tinha a musculatura geral bastante fragilizada. Atualmente, segue o tratamento na UTI, entubado e respirando através de ventilação mecânica. “O quadro dele era muito preocupante, pois se tratava de uma criança de 6 meses que não segurava a musculatura do pescoço e não sentava. Então, fizemos uma avaliação e foi descoberto que ele tem uma síndrome rara, que é a síndrome mioneural, ou seja, não existe inervação para os músculos. Essa criança, infelizmente, nunca vai ficar livre do respirador, é esse o prognóstico”, explicou a diretora do Hospital e pediatra, Carmem Gadelha.

Ainda de acordo com a médica, apesar de continuar sendo alimentado por sonda, respirando através de aparelhos, Marlonn encontra-se numa condição de nutrição melhor e totalmente livre de infecção. “Existe uma tendência, a partir do quadro que ele se apresenta, de ir para casa. É uma criança que está em processo de desospitalização. Atualmente, essa é uma realidade que só as cidades e países mais desenvolvidos conseguem alcançar, ou seja, estruturar o ambiente de domicílio para que essa criança seja acolhida e cuidada em casa. Estamos oferecendo todo treinamento a Bruna, para que ela consiga cuidar dele”, destacou Gadelha.

A diarista Maria da Luz, também estava bastante satisfeita com o atendimento dado ao seu filho, Davi Lorenço de Medeiros Ramos, 7 anos. “Meu filho fez três cirurgias ontem e já estamos recebendo liberação hoje. Poder voltar para casa e tudo ter ocorrido em paz é muito bom. Davi estava com muito medo da cirurgia, mas a psicóloga foi atenciosa e ele foi para o bloco cirúrgico sem chorar. Desde o primeiro atendimento no hospital até a cirurgia, a gente só esperou 15 dias. Se fosse um atendimento pelo plano de saúde, às vezes, demora até mais tempo”, disse.

A diretora do Hospital, Carmem Gadelha, ressaltou ainda que o hospital conseguiu diminuir o tempo médio de internação, que era de sete dias, para quatro dias. “Estamos trabalhando a alta responsável, ou seja, o paciente recebe alta, mas continua o tratamento em casa fazendo o uso correto da medicação. Isso faz cair o tempo de internação e a espera para marcação de exames. Com um tempo de internação mais curto a gente viabiliza aquele leito para o atendimento de outras crianças e diminui o risco da infecção hospitalar. Essa diminuição é possível, por exemplo, para o tratamento de doenças como pneumonia e infecção urinária”, explicou.

A unidade hospitalar compõe a rede de urgência e emergência na linha da assistência às crianças, junto ao Hospital Arlinda Marques, Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, o Hospital Universitário e as maternidades que fazem a parte dos atendimentos neonatal, Frei Damião, Edson Ramalho e o Instituto Cândida Vargas.

Atendimentos – O HMV trabalha o acolhimento com classificação de risco, otimizando os atendimentos de urgência e emergência em espaços adequados a essas atividades com leitos de assistência em sala de estabilização e vermelha e sala amarela.

A unidade conta, ainda, com alas de enfermarias com 60 leitos para internações de pediatria clínica e pós-cirúrgica e realiza mais de 340 internações por mês em acomodações padronizadas pelo Ministério da Saúde, garantindo boas condições ao tratamento das crianças e comodidade aos acompanhantes.

UTI Pediátrica – Com um investimento total de R$ 862 mil, a UTI infantil do hospital é composta por 10 leitos, com aparelhos de última geração e oferece atendimento qualificado aos usuários da primeira macrorregião, que compreende a Região Metropolitana de João Pessoa e mais 60 municípios.

A UTI infantil conta com uma equipe multiprofissional, formada por médicos intensivistas pediátricos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos, bioquímicos, odontólogo, nutricionista, fonoaudiólogo e condutor de ambulância. Todos os profissionais que compõem a equipe da unidade passaram por um treinamento especializado para utilização dos equipamentos que disponibilizam de tecnologia de ponta.
 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //