O delegado da Polícia Federal Ricardo Saadi foi indicado nesta quinta-feira, 19, para assumir a presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com posse marcada para o dia 1º de julho. A principal missão será combater o crime organizado, sufocando financeiramente as organizações criminosas e o enfrentamento à lavagem de dinheiro.

Com mais de 20 anos de atuação na PF, Saadi é considerado, por interlocutores do governo, um nome técnico e preparado para o cargo. Um integrante do alto escalão destacou que a estratégia de Saadi está alinhada à ideia de que o combate ao crime organizado deve se basear em inteligência e rastreamento de recursos, e não apenas em ações ostensivas.

A escolha do delegado contou com o respaldo do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho.

O Coaf é vinculado ao Banco Central (BC), e tem um histórico de Saadi, em investigações financeiras teve peso decisivo na escolha, ele atuou como conselheiro do próprio Coaf e atualmente comanda a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da PF.

Colegas da corporação veem essa chegada ao Coaf como uma oportunidade de qualificar a repressão ao crime organizado por meio do enfraquecimento financeiro dessas redes.

No governo, a avaliação é que sua atuação será importante diante do uso cada vez mais sofisticado do sistema financeiro por parte de organizações criminosas para movimentar recursos ilícitos.

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Saadi também acumula experiência como diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional no Ministério da Justiça, além de ter chefiado a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros em São Paulo. Ele também já colaborou com a Europol, agência de cooperação policial da União Europeia.

Ele assumirá o lugar de Ricardo Liáo, servidor de carreira do Banco Central, que está à frente do Coaf desde agosto de 2019.