Paraíba

Novo Concurso Nacional Unificado terá provas em outubro e dezembro; mais de 3 mil vagas estão previstas


29/04/2025

Créditos: upklyak / Freepik

Portal WSCOM



O governo federal confirmou, nessa segunda-feira (28), que a nova edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) acontecerá ainda em 2025, com cronograma definido e mudanças em relação à prova anterior. Serão ao todo 3.352 vagas distribuídas entre 35 órgãos públicos, com oportunidades para nível intermediário e superior. A seleção ocorrerá em duas fases: provas objetivas e discursivas, respectivamente em outubro e dezembro.

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O edital será lançado em julho, mês em que também serão abertas as inscrições. Já os resultados estão previstos para fevereiro de 2026. A homologação final do concurso deve ocorrer até junho. Como o calendário eleitoral de 2026 restringe contratações, não haverá uma nova edição do CNU no próximo ano.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que a seleção vai manter a proposta de centralizar as contratações do Executivo Federal, mas com melhorias. “A máquina consegue ler e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa”, disse, ao comentar sobre o novo sistema de identificação dos candidatos — agora por código de barras, substituindo os antigos cartões com preenchimento por “bolinhas”.

Cronograma do CNU 2025:

  • Edital e inscrições: julho de 2025
  • Prova objetiva: 5 de outubro
  • Prova discursiva: 7 de dezembro
  • Resultados finais: fevereiro de 2026
  • Homologação: até junho de 2026

Das 3.352 vagas ofertadas, 2.180 serão de provimento imediato — divididas entre 1.672 para nível superior e 508 para nível intermediário. Outras 1.172 vagas vão compor o cadastro de reserva, com expectativa de chamada ainda no curto prazo, após o encerramento do processo seletivo.

Onde estarão as vagas?

As oportunidades estarão distribuídas por diversos ministérios — entre eles, Gestão, Cidades, Turismo, Fazenda, Integração e Pesca — e também por órgãos como a Anatel, Anac, Anvisa, ANM, agências reguladoras, Forças Armadas, institutos federais, fundações e centros de pesquisa. Veja alguns destaques:

  • Ministério da Gestão: 500 vagas (nível superior)
  • Comandos da Aeronáutica, Exército e Marinha: juntos, mais de 360 vagas
  • Hospital das Forças Armadas: 130 vagas
  • Agências reguladoras (Anac, ANM, ANS, ANP, etc.): centenas de oportunidades em diferentes níveis
  • Instituto Nacional de Câncer (INCA): 84 vagas
  • Fundação Cultural Palmares, Biblioteca Nacional, Funarte, Ibram: mais de 70 vagas no total

A lista completa inclui ainda vagas para o Iphan, Fundação Joaquim Nabuco, Instituto Evandro Chagas, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), entre outros.

Aposta em maior diversidade

Uma das novidades desta edição será a tentativa de corrigir o desequilíbrio de gênero observado no concurso anterior. Apesar de as mulheres representarem a maioria dos inscritos em 2024 (52%), elas foram apenas 41% dos aprovados. O governo estuda implementar bonificações na primeira fase para mulheres e oferecer mentorias específicas em áreas como tecnologia e infraestrutura, onde a presença feminina ainda é tímida.

Além disso, o Ministério da Gestão divulgou nesta segunda-feira o termo de referência, que serve como convite público para que bancas interessadas na organização do concurso apresentem propostas. A escolha final da organizadora será concluída ainda em abril.

O novo modelo do CNU reforça a intenção do governo de ampliar o acesso aos concursos públicos federais, com aplicação unificada e inclusão territorial. Se seguir o cronograma, os aprovados devem começar a ser convocados em meados de 2026.



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