Futebol

Novamente loiro, Neymar dá show na Vila, e Santos passa pelo Botafogo

Paulista


23/01/2013



 Neymar entrou em campo na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, com o cabelo loiro, visual adotado nas férias. A julgar pelo futebol apresentado pelo craque a partir dos 30 minutos do primeiro tempo, parecia que o estádio do Santos era apenas mais um dos destinos visitados por ele ao longo do tempo de descanso.

Dribles de efeito, passes preciosos e um gol. Foi esse o repertório do craque na vitória do Peixe por 3 a 0 sobre o Botafogo-SP, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. Além da ótima atuação do camisa 11, o meia Cícero também brilhou, com uma assistência e um gol. Pé quente, Miralles, no fim, completou a vitória. Na contramão dos companheiros, André novamente destoou do restante da equipe e teve atuação abaixo da média.

Por incrível que pareça, porém, não foi tudo tão fácil assim. Até os 30 minutos da etapa inicial, o time de Ribeirão Preto pressionou, criou chances claras e quase abriu o placar. Mas no segundo tempo o goleiro Rafael praticamente não trabalhou.
Na próxima rodada, o Santos testa seu 100% de aproveitamento na competição diante do Bragantino, em Bragança Paulista, no domingo, às 19h30. No mesmo dia e horário, mas em Ribeirão Preto, o Botafogo-SP recebe o São Bernardo.

Botafogo pressiona, mas Santos é letal
A torcida do Peixe da Baixada Santista aguardou ansiosamente pela primeira partida do time versão 2013 na Vila Belmiro, mas só pôde começar a vê-lo a partir dos 30 minutos. Antes, com exceção feita à homenagem ao zagueiro Durval pelos 200 jogos com a camisa do Peixe, e lances esporádicos do loiro Neymar, os fãs presenciaram o domínio do Botafogo. Organizado no 3-5-2 do técnico Marcelo Veiga, o time de Ribeirão Preto pressionou.

O caminho para o Botafogo era claro: lado direito do ataque, nas costas do ofensivo Guilherme Santos. E a equipe do interior percebeu. Em duas oportunidades, quase venceu o goleiro Rafael com Douglas Packer e Nunes, aos 16 e 22 minutos. Depois, aos 27, o árbitro Marcelo Prieto Alfieri quase virou personagem negativo da partida, ao assinalar pênalti em falta de Durval sobre Nunes fora da área. Para sua sorte, um dos assistentes o avisou do erro, e ele voltou atrás marcando falta fora da área.

Após assistir a pressão do Botafogo durante dois terços do tempo, o Peixe acordou de forma súbita. Com estilo, técnica e velocidade. O losango de Muricy Ramalho formado por Renê Júnior, Arouca, Cícero e Montillo se encontrou, e o time do interior não resistiu.

Em contra-ataque veloz, Arouca arrancou pela direita da defesa do Bota, relembrando os tempos do Peixe de 2010. No fundo, o volante cruzou e Neymar trombou com Rafael Santos. Atrapalhado pelo atacante, o goleiro espalmou a bola e Cícero, bem posicionado, aproveitou o rebote para abrir o placar, aos 32 minutos.

Sem ter tempo de respirar, o Botafogo viu o Peixe chegar na cara do gol mais três vezes, sendo a última delas fatal. Depois de servir Cícero na jogada anterior, Neymar recebeu a gentileza de volta do meia, com passe preciso. Frente a frente com Rafael Santos, o craque só o deslocou com uma finalização de chapa: 2 a 0. Na etapa inicial, o velho clichê do “quem não faz toma” prevaleceu na Vila Belmiro.

Neymar dá show, e Peixe perde gols
O segundo tempo na Vila Belmiro poderia trazer um Botafogo aceso atrás do empate ou um Santos empenhado em tentar uma goleada. A segunda opção prevaleceu. O time do interior diminuiu o volume de jogo e viu Neymar provar mais uma vez porque é o melhor em atividade no Brasil. O repertório do craque, como de costume, foi vasto: toques de letra, passes preciosos para André – que os desperdiçou -, e principalmente muitos dribles. Um deles, em especial, chamou a atenção.

Pela direita do ataque, o craque deu um "chapéu invertido" no centroavante Nunes. Usando a sola do pé direito para fazer a bola quicar no chão, ele encobriu o adversário, arrancando aplausos da torcida. Depois, ele colocou a bola por entre as pernas de Alex. Cada escanteio do camisa 11, aliás, era motivo de manifestação positiva dos fãs.

Não foram só os dribles que construíram a boa atuação do atacante de 20 anos. Na etapa final, ele quase ampliou o placar, tentando encobrir o goleiro Rafael Santos após bom passe de Montillo, e também deixou André na cara do gol, mas o centroavante perdeu. O camisa 9, aliás, destoou do restante do time e foi substituído por Miralles aos 25 minutos, sob maioria de aplausos e algumas vaias.

Ainda houve espaço para os fãs ovacionarem o volante Renê Júnior, principal encarregado pela marcação no losango do meio de campo. Com inúmeros desarmes e bons passes, o jogador conquistou aplausos e gritos de incentivo da torcida.

O entrosado Botafogo bem que tentou e até se organizou para vencer o Peixe, mas sucumbiu diante da melhor qualidade técnica do Santos. No último ato, aos 46 minutos, após boa troca de passes entre Arouca e Neymar, Miralles apareceu livre na grande área para bater e fazer o terceiro do Peixe e dar números finais ao jogo. O torcedor da Baixada saiu animado com a segunda vitória consecutiva no Paulistão.



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