Economia & Negócios

Nova taxa básica de juros deixa financiamento do carro, eletrodoméstico e mais c

mudança


27/02/2014



 A nova taxa básica de juros é de 10,75% ao ano. O novo patamar foi divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central após fim da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Com a subida, o uso do cheque especial e o financiamento do automóvel ficaram mais caros.

No caso da compra de um veículo de R$ 25 mil parcelado em 60 meses, com a Selic anterior em 10,5%, o valor da parcela era de R$ 666,25. No fim do período, o carro sairia por R$ 39.974,88.

Com a nova taxa básica de juros, o financiamento do mesmo carro em 60 meses sai com parcelas mensais de R$ 669,60 e o custo chega a R$ 40.176,07 após o pagamento de todas as prestações, uma diferença de R$ 201,19.

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O estudo é da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Segundo a entidade, o efeito da subida da taxa básica de juros é muito pequeno nas operações de crédito.

Por exemplo, quem financiar uma geladeira de R$ 1.500 em 12 vezes terá um aumento de R$ 2,25 no valor total pago ao fim das prestações. Na prática, o que antes sairia por R$ 1.957,09 (Selic em 10,5%), agora vai custar R$ 1.959,34 (Selic em 10,75%).

O uso do cheque especial também vai subir um pouco. Se o correntista usar a quantia de R$ 1.000 por 20 dias, agora pagará de juros R$ 53,67, frente a R$ 53,53 com a Selic anterior em 10,5%.

Taxa básica

A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.

Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano.



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