A F-1 fez uma revolução para levar mais emoção às corridas para a temporada 2014. Mas, pelo menos levando em conta o que aconteceu nas quatro primeiras corridas do ano, o efeito foi justamente o contrário, reduzindo o número de ultrapassagens quase pela metade e criando a figura do ‘líder eterno’ nos GPs.

Com novos motores, dois turbos e redução no consumo de combustível, as corridas desta temporada tiveram apenas dois pilotos em primeiro lugar: Lewis Hamilton e Nico Rosberg. E apenas no Bahrein eles se alteraram no topo. Na Austrália, Rosberg liderou de ponta a ponta, e Hamilton encabeçou a prova durante todo o tempo na China e na Malásia.

A comparação com 2013, segundo estatísticas do site www.forix.com, é precisa porque a temporada começou com as mesmas quatro corridas. E a alternância de líderes foi absurdamente maior. Foram quatro pilotos que sentiram o gosto do primeiro lugar no Bahrein, seis na China, quatro na Malásia e sete na Austrália no ano passado.

Foram mais de dez pilotos diferentes liderando, incluindo nomes de equipes modestas, como Adrian Sutil, Paul di Resta e Niko Hulkenberg.
Mas não é só na briga pela liderança, desequilibrada pela supremacia da Mercedes sobre as demais equipes, que as mudanças nas regras não agradam.

Nas quatro primeiras corridas de 2014, aconteceram 115 ultrapassagens. No ano passado, lembrando que foram os mesmos circuitos, aconteceram 203 trocas de posição na pista.

Até na corrida do Bahrein, a melhor desta temporada, o número de ultrapassagens ficou abaixo do que aconteceu no ano passado no mesmo circuito. Em 2014, foram 51, contra 63 do ano passado.