O vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira (PPS), confirmou que vai permanecer na oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB), nos próximos anos. Apesar das constantes investidas do grupo socialista para o seu retorno, o ex-candidato a deputado estadual disse que manterá a coerência política e que vai respeitar a vontade da população. “Nós fomos colocados na oposição e assim vamos nos comportar”, disse.

“A população da Paraíba nos reservou o papel da oposição, portanto, essa história que existe de cooptação, de gente lhe procura, conversa e você passa de ‘mala e cuia’ para outro grupo, desmerecendo tudo aquilo que você vinha argumentando, não combina muito comigo. Jamais vou vestir esse manequim”, disse, em entrevista concedida à Rádio Arapuan FM.

Nonato Bandeira revelou que foi procurado, antes do primeiro turno, pelo suplente de deputado federal Edvaldo Rosas (PSB) e pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Eles tentaram convencê-lo sobre a necessidade do realinhamento político com o governador Ricardo Coutinho.

“Eu tenho e mantenho uma posição clara. Não adianta a gente tergiversar e enganar ninguém. Não adianta ter mais votos, é preciso ter coerência. Na Paraíba já foi tanta ‘esculhambação’ nesta eleição, com candidato subindo em três palanques diferentes. Eu prefiro me manter em uma posição única”, argumentou.

Sobre a relação atual com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), Nonato Bandeira disse que mantém uma convivência de respeito com o petista e que está a postos para colaborar administrativamente com a gestão na capital.

“Existe uma relação pessoal de respeito. Já a relação política é a de 2012. Ele tomou um rumo e eu tomei outro. Eu respeito isso, embora não concorde. Nós combatemos e derrotamos o projeto político do governador Ricardo Coutinho, em 2012 e nos mantemos no mesmo diapasão. Ele teve outra opção, mas deve saber o que está fazendo, pois, é o prefeito da Capital e um líder do partido”, disse.