Política

Nilvan Ferreira critica prisão de Roberto Jefferson: “A ordem nesse país é prender quem defende Bolsonaro”

Presidente do PTB na Paraíba foi enfático ao afirmar que considera a prisão de Roberto Jefferson uma perseguição da Justiça contra os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).


13/08/2021

O presidente do PTB na Paraíba, Nilvan Ferreira (Foto: reprodução)

Cristiane Cavalcante/Portal WSCOM



O presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na Paraíba, o comunicador Nilvan Ferreira, fez duras críticas à prisão do ex-deputado e presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, efetuada na manhã desta sexta-feira (13), em operação da Polícia Federal. A prisão preventiva do petebista foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito de investigações sobre milícias digitais e ataques à democracia.

Nilvan Ferreira foi enfático ao afirmar que considera a prisão de Roberto Jefferson uma perseguição da Justiça contra os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Roberto não foi preso por crime, por desvios de recursos, por nada disso. Ele foi preso porque a ordem nesse país é prender aqueles que defendem o presidente Bolsonaro. E Roberto tem sido nos últimos meses um dos maiores defensores do governo Bolsonaro, da reeleição do presidente, tem denunciado perseguições por parte da Justiça ao presidente da República. Então é por isso que prenderam Roberto, porque ele precisava ser retirado do combate, porque ele é uma ameaça pelo que ele diz”, declarou o dirigente em entrevista ao Portal WSCOM.

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Ministro do STF pede prisão de Roberto Jefferson; Polícia Federal faz operação para prender ex-deputado

O presidente do PTB na Paraíba também teceu críticas àqueles que comemoraram detenção do ex-deputado e afirmou que todos perdem, alegando que a prisão é um ataque à democracia e o direito a liberdade de expressão e opinião. Segundo Nilvan, a prisão de Roberto Jefferson é um perigo para um iminente ataque aos direitos individuais.

“Eu acho que a prisão de Roberto deixa algumas coisas intrigantes na cabeça de quem ainda consegue pensar sobre o que é democracia nesse país. E acho que nós não temos nada que comemorar. Aqueles que comemorarem a prisão de Roberto estarão comemorando o fim da liberdade de expressão. Ora, ninguém pode criticar as instituições? Nós jornalistas, por exemplo, estamos agora acuados de criticar o Supremo, o Ministério Público, criticar os tribunais, criticar o governo, governadores, prefeitos, vereadores, deputados ou senadores? Então, isso é muito arriscado, isso é um perigo à democracia, e a prisão de Roberto ocorreu, eu digo taxativamente, porque ele é um defensor do governo Bolsonaro”, concluiu.

 

Sobre a investigação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão preventiva de Roberto Jefferson no âmbito de investigação sobre suposta organização criminosa, ‘de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito’ – o chamado inquérito das milícias digitais, aberto em julho.

O pedido de prisão de Jefferson partiu da PF e Alexandre fundamentou a ordem de custódia na ‘garantia da lei e da ordem’ e na ‘conveniência da instrução criminal’. O ministro do STF considerou que foi ‘inequivocamente demonstrados nos autos os fortes indícios de materialidade e autoria’ dos crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de delitos previstos na Lei de Segurança Nacional e no Código Eleitoral.



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