Esporte

NBA planeja deixar atletas trocarem seus nomes por palavras de justiça social nas camisas

A retomada da liga americana será no dia 30 de julho em Orlando, na Flórida, e poderá contar com essa novidade.


28/06/2020

Russell Westbrook, jogador da NBA, nos protestos após a morte de George Floyd — Foto: Reprodução/Instagram

Globoesporte.com

Quando a NBA retomar as partidas em Orlando, na Flórida, no dia 30 de julho, uma novidade pode tomar conta das camisas dos atletas. Juntamente com a NBPA (associação que representa os esportistas), a liga planeja autorizar os jogadores a trocarem seus nomes por declarações de justiça social, de acordo com o repórter esportivo Shams Charania, “The Athletic and Stadium”.

Com as notícias sobre o retorno da temporada, há preocupação dentre um grande grupo de jogadores de que voltar com o basquete vai distrair os espectadores de problemas sociais importantes. Recentemente, muitos atletas se envolveram nos protestos contra a brutalidade policial e o racismo que surgiram nos EUA e no mundo todo após o assassinato de George Floyd, um ex-segurança negro de 46 anos que estava desarmado, por um policial chamado Derek Chauvin em Mineápolis.

Em uma conferência em vídeo no início deste mês liderada pelo armador do Brooklyn Nets Kyrie Irving, mais de 80 jogadores discutiram sobre o assunto. Vários se posicionaram contrários à retomada dos jogos. Atleta do Los Angeles Lakers, Dwight Howard disse na ocasião que o basquete “não era necessário” naquele momento, e que o foco deveria estar em questões mais relevantes.

– Eu amaria ganhar meu primeiro título da NBA. Mas a união do meu povo é muito maior que qualquer campeonato, é bonito demais para deixar passar. Qual momento é melhor que esse para focarmos em nossas famílias? – indagou na época.

 

A NBA marcou o reinício da temporada para o dia 30 de julho, com New Orleans Pelicans e Utah Jazz abrindo a retomada. Com a proximidade cada vez maior dos confrontos, os casos de coronavírus na Flórida tem ligado o alerta do comissário da liga Adam Silver.

– O nível de atenção aumentou, não só porque os níveis aumentaram na Flórida, mas no país – concluiu, acrescentando, contudo, que a NBA está “confortável” no momento.



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