Economia
Nazista, Elon Musk lança onda de tuítes contra políticas antirracistas da África do Sul
Bilionário nazista dono do X, com raízes na África do Sul na era do apartheid, acusou líderes políticos do país de "genocídio" contra os brancos
09/02/2025
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Nazista, Elon Musk lança onda de tuítes contra políticas antirracistas da África do Sul
Brasil 247
O bilionário nazista Elon Musk, membro do departamento de eficiência ligado ao governo dos Estados Unidos e dono da plataforma X, resolveu, neste domingo (9), atacar políticas antirracistas da África do Sul.
Musk integra a chamada “máfia do PayPal”, um grupo de bilionários libertários com origens na África do Sul durante o regime de segregação racial (apartheid). Um dos membros mais destacados desse grupo, é o bilionário investidor de risco Peter Thiel, cofundador, ao lado de Musk, da plataforma de pagamentos PayPal. Thiel, nascido na Alemanha, foi educado em uma cidade da Namíbia na década de 1970, onde a figura de Adolf Hitler ainda era abertamente venerada, um contexto que influenciou sua formação e visões políticas.
“Apelando abertamente ao genocídio contra os brancos!!”, disse Musk em uma postagem sobre um discurso do político Julius Malema, do partido Combatentes pela Liberdade Econômica (Economic Freedom Fighters), conhecido por seus fortes discursos sobre reparações raciais.
Vozes do campo progressista sul-africano também costumam criticar Malema. No entanto, analistas apontam que Musk, que é sul-africano, passou seus anos de formação no topo de um rígido sistema de hierarquia racial, como um homem branco em um país que até hoje buscar combater a herança racista da era do apartheid.
Os comentários de Musk fazem referência às leis de ação afirmativa da África do Sul no setor empresarial, que foram criadas para ampliar as oportunidades para negros e outros grupos raciais que foram desfavorecidos durante o apartheid.
As tensões chegaram a afetar as relações entre os países. A África do Sul disse na semana passada que pode interromper as exportações de minerais para os Estados Unidos em resposta à ameaça do presidente Donald Trump de cortar financiamento devido à política fundiária do país.
A medida busca corrigir algumas das injustiças da era racista do apartheid na África do Sul, período em que pessoas negras tiveram suas terras confiscadas e foram forçadas a viver em áreas designadas para não brancos.
Mais de 30 anos após o fim do regime de apartheid, em que a minoria branca governava, os brancos na África do Sul ainda têm, em geral, um padrão de vida muito mais alto do que os negros.
(Com informações da Associated Press).
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