Paraíba

Músicos denunciam baixo valor de cachê para trios e grupos de forró locais que serão pagos no São João de CG

Cachês serão de R$ 800 para trios pé-de-serra e de R$ 1.500 para grupos de forró locais, considerados baixos em comparação com os pagos a atrações de outros estados


24/05/2024

Redação/Portal WSCOM

Grande parte dos músicos da Paraíba aguardam com ansiedade o início dos festejos juninos no estado, em especial no município de Campina Grande, onde acontece o Maior São João do Mundo. Na cidade, o arrasta-pé tem a duração de 30 dias, para a alegria do público e principalmente desses profissionais, que têm no evento a oportunidade de fazer uma renda extra. No entanto, diversos músicos estão denunciando o baixo valor de cachê para trios pé-de-serra e grupos de forró locais que serão pagos pelas apresentações na Rainha da Borborema.

Segundo os músicos integrantes da Associação dos Forrozeiros da Paraíba (Asforro-PB), a organização do Maior São João do Mundo informou que os cachês serão de R$ 800 para os trios pé-de-serra e de R$ 1.500 para os grupos de forró locais, considerados baixos em comparação com os pagos a atrações de outros estados e regiões, que frequentemente recebem valores elevados por apresentações mais curtas.

O presidente da Asforro-PB, Ecarlos Carneiro e outros músicos da entidade, fizeram um vídeo no gabinete do vereador Napoleão Maracajá, o qual pediram ajuda em busca de uma solução para a situação, tendo em vista a diferença exorbitante dos cachês que serão pagos para outras atrações do São João de Campina Grande.

Confira o vídeo:
Audiência Pública

No último dia 16, a Câmara Municipal de Campina Grande realizou uma audiência pública proposta pelo vereador Napoleão Maracajá para discutir a valorização dos artistas locais, em preparação para O Maior São João do Mundo, cuja edição de 2024 começa no dia 29 deste mês.

A discussão abordou problemas recorrentes sobre a contratação de trios de forró, bandas e cantores solo de Campina Grande e da Paraíba, especialmente em relação aos cachês pagos, que são considerados baixos em comparação aos de artistas de outras regiões, que frequentemente recebem remunerações mais altas por participações menores em termos de duração dos shows.

A situação tem resultado na ausência de ícones do forró tradicional no evento nos últimos anos. A sessão contou com a presença de diversos artistas locais, que utilizaram a tribuna da Câmara para expressar suas preocupações.



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