Cultura

Museu Casa de Cultura Hermano José da UFPB reabre nesta sexta-feira (1º)

A inauguração acontece após reformas com investimentos de R$ 205.029,00.


01/07/2022

(Foto: divulgação/Aline Lins/UFPB)

Portal WSCOM



A Universidade Federal da Paraíba, nesta sexta-feira, dia 1º de julho, reabre ao público o Museu Casa de Cultura Hermano José (MCCHJ), o mais novo equipamento cultural gerido pela Instituição, com entrada gratuita. A inauguração acontece após reformas com investimentos de R$ 205.029,00.

A abertura do museu ao público integra as ações de celebração ao centenário do artista visual, gestor cultural, professor e ecologista Hermano José.

Na inauguração, haverá a apresentação do Coral Gazzi de Sá, ligado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFPB). Sob regência do maestro Eduardo de Oliveira Nóbrega, o coral é composto por estudantes, técnicos-administrativos, professores e também comunidade externa. Criado em 1963, o Coral é um dos corpos artísticos mais duradouros da Instituição. Com arranjos de Eduardo Carvalho e Tom K e sob regência do maestro Eduardo de Oliveira Nóbrega, o público poderá ouvir Asa Branca (de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), Anel Mágico (Marcos Viana), Cores do Vento (Alan Menken e Stephen Schwartz), Sangrando (Gonzaguinha) e Nascemos para Cantar (Shambala e Daniel Moore).

O MCCHJ é fruto da doação realizada em vida por Hermano José à UFPB, em 2015, meses antes de seu falecimento. Na ocasião, o artista doou sua residência-ateliê, suas coleções de arte e seus variados acervos. São mais de 7.500 itens, divididos entre acervo museológico, arquivístico e bibliográfico, que estarão disponíveis ao público a partir do lançamento e durante os próximos anos, com o trabalho de catalogação e exibição que está sendo desenvolvido.

 

 

Conforme ressalta o Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia, o trabalho de Hermano José é reconhecido pois, além de pintor, ele era gravurista, poeta, diretor teatral, cenógrafo, professor de artes, professor universitário, ecologista e gestor cultural.

O acervo museológico do MCCHJ inclui não só obras de autoria do próprio Hermano José, mas também de artistas paraibanos e brasileiros de diferentes gerações, tais como Fred Svendsen, Flávio Tavares, Clóvis Junior, Miguel dos Santos, Irismar Fernandes, entre muitos outros.

A Vice-reitora da UFPB, Profa. Liana Filgueira, destacou a importância de preservar o legado deixado por Hermano José, garantir o acesso da sociedade à sua arte e sua história e fazer com que o museu integre a rota cultural de João Pessoa e da Paraíba. A ideia é que no museu funcione como uma casa de cultura, oportunizando apresentações teatrais, de música, de dança, entre outras manifestações culturais.

Para o coordenador do Museu, Alexandre Santos, o museu deve marcar presença em várias dimensões, seja na cidade, compondo o circuito de museus existentes, seja nas artes visuais, abrindo portas à produção contemporânea e a novos artistas, seja para o entorno, envolvendo o bairro, as comunidades ao redor, as escolas e a Região Metropolitana.

O museu fica localizado na Rua Poeta Luiz Raimundo Batista de Carvalho, 805, no bairro Jardim Oceania, em João Pessoa. Ele funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Públicos escolares e grupos de turismo serão atendidos, preferencialmente, por meio de agendamento, pelo e-mail mcchj@reitoria.ufpb.br

 

 

Duas exposições compõem inauguração

Duas exposições estarão em destaque no contexto da inauguração. A primeira, intitulada “Ao mestre com carinho”, traz gravuras de alunos de Hermano José que passaram por suas aulas e pelo Atelier de Gravura em Metal do Departamento de Arte e Comunicação, criado pelo artista em 1985. Sendo uma referência da gravura brasileira, Hermano também se dedicou fortemente ao seu papel de professor, levando-o a colecionar e guardar carinhosamente trabalhos de seus alunos ao longo dos anos, muitos dos quais foram dados de presente ao grande mestre. Sob curadoria de Bertrand Martins, Bernardina Freire e Alexandre Santos, compõem essa exposição os artistas Alpidio João de Oliveira, Carlos Antônio Lacerda, Carlos Machtoub, Fernando Dantas, Francisco Palitot, Gutemberg, Hermano José, Ivanusa Pontes, José de Arimatéia, Miriam Herr, Nilde, W. Azevedo e Walter Wagner.

A segunda exposição, intitulada “Hermano e os artistas: prazer em compartilhar”, tem curadoria do professor Gabriel Bechara e é oriunda do acervo da Pinacoteca UFPB, criada por Hermano José em 1987. A coletiva é composta por telas de amigos que tiveram grandes histórias pessoais ao lado do artista. Hermano José orientou ao menos três gerações de artistas plásticos paraibanos, para os quais abriu diversas portas no mundo das artes. Ele foi fundamental nas trajetórias de nomes que, hoje, são expoentes das artes visuais. Compõem essa exposição Alexandre Filho, Archidy Picado, Clóvis Jr., Flávio Tavares, Fred Svendsen, Ivan Freitas, José Pagano, Josenildo Suassuna, Marlene Almeida, Martinho Patrício, Miguel dos Santos e Walter Wagner.



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