Paraíba
Mulheres trabalham 13,3 horas a mais que homens em afazeres domésticos na Paraíba, a maior diferença do país
04/03/2021
Portal WSCOM
A diferença de horas dedicadas por homens e mulheres, na Paraíba, aos afazeres domésticos e ao cuidado de pessoas é a maior do país, de acordo com as Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgadas pelo IBGE nesta quinta-feira (4). Com base em dados de 2019, a 2ª edição do levantamento aponta que enquanto o grupo masculino dedica, em média, 11,7 horas semanais a essas atividades, a parcela feminina da população de 14 anos ou mais empenha, por semana, 25,1 horas.
A discrepância paraibana, de 13,3 horas, está acima da nacional (10,4 h), seguindo a tendência dos demais indicadores. Na média brasileira, as mulheres destinam cerca de 21,4 horas semanais a esses afazeres, ao passo que para os homens essa quantidade é de 11 horas.
O estudo observou ainda que, na Paraíba, há diferenças dentro do próprio grupo feminino, de modo que a média de horas dedicadas a essas atividades é maior entre as pretas e pardas (26 h), do que entre as brancas (23,1 h). Em menor escala, a mesma situação foi identificada nas médias brasileiras, de 22 horas e 20,7 h, respectivamente.
Em relação ao trabalho fora de casa, a desocupação paraibana é mais intensa junto às mulheres, com uma taxa de 15,5%, do que entre os homens (10,3%). Nessa comparação, a diferença das taxas (5,2 pontos percentuais) é a 3ª maior do Nordeste e a 10ª do Brasil. Ainda quanto ao grupo feminino no estado, esse indicador é mais forte entre a parcela preta ou parda (15,9%), do que entre a branca (14,4%).
Ao analisar outros aspectos do mercado de trabalho, a pesquisa indica que as mulheres eram, em 2019, maioria entre os docentes de ensino superior no estado, representando cerca de 50,4%, a 2ª maior proporção do país, igual à do Mato Grosso. Ou seja, dos 10.047 servidores dessa categoria, afastados e em exercício, distribuídos em diferentes instituições de educação, 5.060 eram mulheres.
Por outro lado, o estudo verificou que, das cerca de 36 mil pessoas que ocupavam cargos gerenciais no estado, apenas 37,6% eram mulheres. O percentual foi similar à média brasileira (37,4%), mas ficou abaixo da nordestina (40,9%).
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