Policial

Mulher aborta em banheiro do hospital, dar descarga em neonato e vai embora


28/02/2013



Uma ocorrência inusitada em Conceição na tarde dessa quarta-feira, 27. Três horas depois de um feto do sexo feminino de aproximadamente oito meses ser encontrado em um vaso sanitário do hospital conceiçãoense, o caso já estava esclarecido pela Polícia Civil e a mãe presa.

Diante dos fortes indícios de que a criança nasceu viva, mas, o descuido e o desprezo da mãe para com o neonato, tenham provocado sua morte, o delegado Steferson Gomes autuou em flagrante por homicídio a agricultora Jaqueline Limeira de Sousa, de 23 anos, que é solteira e reside no sítio Vidéu, município de Conceição. Depois de autuada, ela foi conduzida ao presídio feminino de Patos.

Steferson Gomes descarta a possibilidade de uma posterior reconsideração do tipo penal em que a mulher foi enquadrada, passando de homicídio para infanticídio, o que acarretaria uma pena bem menor para a acusada, de 2 a 6 anos de detenção, não resultando em prisão, em função do estado puerperal, período em que a parturiente sofre uma perturbação psíquica. “Nós já temos o resultado de um exame que atesta que ela não estava sob estado puerperal, o que indica se tratar de um homicídio”, comentou o delegado.

Steferson Gomes está realmente convencido de que se trata de um homicídio, ou seja, que a mulher provocou a morte do recém-nascido por descuido e desprezo, mas a dúvida, segundo ele, é saber se ela já entrou no hospital com o feto e tentou simular um parto involuntário ou deu à luz no banheiro, mas não teve os cuidados necessários para salvar a criança.

Todo corpo clínico do hospital foi ouvido, e a informação é que a mulher chegou ao nosocômio por volta das 10h, queixando-se de dor de barriga e vômito, mas foi medicada e, depois, deixou o hospital às escondidas.

A investigação – Após tomar conhecimento da descoberta do feto, o delegado iniciou o trabalho investigativo e, em poucas horas, chegou até a mãe da criança. A princípio, ela negou que estivesse grávida, mas depois confessou a gravidez, o que foi reforçado por um exame encontrado pela polícia entre suas coisas.

Em seu depoimento, a mulher disse que foi utilizar o vaso sanitário e percebeu que alguma coisa saiu do seu ventre, mas, a princípio, segundo ela, não identificou que se tratava de uma criança. “Isso é pouco provável porque o feto estava completamente formado”, comentou o delegado, que ficou surpreso com a tranquilidade da acusada.

O corpo foi encaminhado ao IML de Patos para atestar a sua causa morte e quando ocorreu o óbito, se antes ou depois do parto. Informações que vão esclarecer todas as dúvidas sobre o fato.

Como não tem antecedentes criminais e restam ainda alguns esclarecimentos sobre o caso, a mulher poderá responder ao processo em liberdade.



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