O senador Cássio Cunha Lima manifestou-se tranquilo quanto aos desdobramentos dos fatos em torno da Lava Jato, até mesmo as declarações do presidente da Câmara Federa, Eduardo Cunha, que, para dizer-se sem vinculo com a votação da MP 608 – de interesse do banco, explicou que a matéria foi relatada pelo parlamentar paraibano rejeitando as emendas apresentadas.

O presidente da Câmara garantiu que Cássio Cunha Lima adotou apenas duas emendas de relator das quais uma delas previa que só se trataria de créditos presumidos para bancos que entrassem em liquidação a partir de 1º de janeiro de 2014.

A outra emenda do relator foi para alterar artigos que previam a possibilidade de utilização dos créditos em "saldos presumidos" para deixar apenas "prejuízo".
Como é de conhecimento geral, o BTG Pactual é dono da massa falida do Banco Bamerindus e teria interesse em poder aproveitar créditos fiscais que seriam propiciados pela medida provisória a bancos em liquidação, conforme matéria no Brasil247.

Segundo as informações divulgadas, a Polícia Federal apreendeu um rascunho na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, na qual estaria anotado que Cunha recebeu o valor para alterar a MP 608, que tratava de bancos em liquidação.

"Com isso, só seria possível apurar o prejuízo do ano anterior, e não o saldo acumulado de prejuízos. Tecnicamente, foi isso que o relator fez e o fez atendendo indiretamente a emenda que eu fiz para suprimir essa possibilidade. Ao invés de suprimir, ele colocou dois dispositivos que travavam a possibilidade de utilização de créditos em liquidação", disse o presidente da Câmara.